Várias homenagens marcam neste
ano o centenário de nascimento da escritora paraense Lindanor Celina. Entre
elas está a exposição “Portas Abertas para Lindanor Celina”, que a Fundação
Cultural do Pará (FCP) abre para visitação na Casa das Artes a partir desta
segunda-feira (3), das 09 às 18 h. A mostra integrou a programação da XXI Feira
Pan-Amazônica do Livro, de 26 de maio a 4 de junho, no Hangar.
Com formato apropriado para
itinerância, o objetivo da Fundação é fazer a exposção circular, paralelamente
à realização de oficinas e palestras sobre a autora, inicialmente destinadas às
escolas de ensino médio e fundamental de Belém, bibliotecas, casas de cultura e
instituições interessadas.
São 15 painéis, com estrutura em
alumínio, contendo imagens e textos, as obras, pesquisas sobre Lindanor,
depoimentos da crítica, de amigos, de leitores, e a declarações da própria
autora homenageada. Os painéis resultam de uma pesquisa feita na Casa das Artes
e na Casa da Linguagem, ambas vinculadas à Fundação Cultural.
O município de Bragança, onde a
romancista e cronista viveu a infância e parte da juventude, está presente em
grande parte da obra de Lindanor, iniciada com sua obra mais conhecida “Menina
que vem de Itaiara”.
Para novas gerações - “Sendo dona
de uma significativa produção e tendo alçado altos voos, levando a literatura
brasileira para outros mundos – particularmente a palavra, a linguagem, a
identidade, a literatura de expressão amazônica- Lindanor Celina é uma autora
que merece ser mais conhecida na sua própria terra. Esperamos contribuir para
que os livros dela sejam muito lidos pelas novas gerações de paraenses”, disse
a diretora da Casa das Artes, Célia Jacob, sobre o motivo da homenagem.
Mesmo vivendo por mais de 30 anos
na França, onde atuou como professora de literatura brasileira na Universidade
de Lille, Lindanor Celina continuou escrevendo e vindo ao Pará lançar seus
livros, recebendo amigos e estudantes em sua casa. Quando faleceu, em 2003,
perto de completar 90 anos, o marido e grande amor de sua vida, professor Serge
Cashà, cumprindo o desejo manifestado por ela em vida, enviou as cinzas de
Lindanor para serem lançadas na Baia de Guajará, na orla de Belém.