Há mais de dez anos, dona Maria de
Sousa é cozinheira no Hospital Regional do Sudeste do Pará - Dr. Geraldo Veloso
(HRSP), unidade pública gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de
Assistência Social e Hospitalar, sob contrato com a Secretaria de Estado de
Saúde Pública (Sespa). Ela sabe que seu papel é fundamental na recuperação dos
pacientes. 'Nem só o medicamento cura, mas a alimentação também. Eu me sinto
muito feliz em participar disso. Gosto que os pacientes saiam daqui todos
saudáveis', afirmou ela.
A dedicação de cozinheiros,
estoquistas, nutricionistas, copeiros e auxiliares administrativos e de
Cozinha, para aprimorar o padrão de qualidade das refeições servidas na
unidade, e a adoção de práticas sustentáveis levaram à conquista do selo Green
Kitchen, pelo terceiro ano consecutivo. A certificação é emitida pela Fundação
para a Pesquisa em Arquitetura e Ambiente (Fupam), baseando-se em critérios
internacionais de medição de eficiência na responsabilidade social e ambiental.
Nesta edição, além de dar
continuidade às ações já implementadas pelo Serviço de Nutrição e Dietética
(SND), o hospital passará a separar o papelão dispensado na unidade. Dessa
forma, 200 quilos mensais do material, que antes seriam levados para o aterro
sanitário, serão doados a instituições que trabalham com reciclagem.
Atualmente, o hospital já segrega lâmpadas queimadas, pilhas e o óleo usado na
fritadeira da unidade, seguindo o Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde (PGRSS), com o objetivo de minimizar os impactos ambientais.
Para a coordenadora do SND,
Nathália Lobato, desta vez, a renovação se deve, em grande parte, ao trabalho
desenvolvido em conjunto com a Comissão de Sustentabilidade. 'O Green Kitchen é
o reconhecimento do compromisso da nossa equipe para oferecer para usuários e
colaboradores um serviço de qualidade. Desde o primeiro ano que nossa cozinha
foi aprovada com o selo, em 2015, buscamos tornar nossas atividades mais
sustentáveis, afinal, promovemos a saúde', argumentou a nutricionista.
Hoje, a unidade tem como boa
prática sustentável o aproveitamento
integral dos alimentos, agregando mais nutrientes ao cardápio e reduzindo os
resíduos gerados, como a abóbora e o chuchu, que são cozidos e servidos com a
casca. A iniciativa beneficia diretamente o usuário.