A Polícia Civil prendeu o sergipano Bruno Marcos de Oliveira, 22 anos, conhecido por
"Bruno Venâncio", acusado de assassinar o empresário Albenor Moura de
Sousa, em Itaituba, no sudoeste paraense, e Jones William da Silva Galvão,
prefeito de Tucuruí, na região sudeste. Ele foi preso por policiais civis da
Divisão de Homicídios, por volta de 3h da madrugada, no Aeroporto
Internacional de Val de Cans, em Belém, quando se preparava para embarcar em um
voo para São Paulo (SP). Ao ser abordado pelo delegado Eduardo Rollo, ele
apresentou uma carteira de identidade com o nome falso de Anderson Barros do
Nascimento.
Assim, Bruno acabou sendo autuado
em flagrante por falsidade ideológica. Contra o acusado há três mandados de
prisão expedidos pela Justiça de Tucuruí, pela morte do prefeito; de Itaituba,
pelo assassinato do empresário, e pela Justiça de Sergipe. Ele é apontado como
autor de mais de 20 homicídios, com características de crime de encomenda.
Conforme o delegado Eduardo
Rollo, o preso estava sendo investigado pela equipe policial da Divisão de
Homicídios, que detinha informações sobre o deslocamento de Bruno via aérea
desde Altamira, no oeste do Pará, com destino a Belém, onde faria uma conexão
para seguir viagem até a capital de São Paulo.
Ao desembarcar em Belém, o
delegado passou a acompanhar os passos do acusado, até localizá-lo na fila de
embarque. "Assim que foi localizado, ele foi conduzido para a
Delegacia-Geral, para ser ouvido em depoimento sobre os crimes", informou
o delegado. O preso nega a autoria dos assassinatos, porém ele foi reconhecido
por testemunhas dos crimes. Segundo o delegado-geral de Polícia Civil, Rilmar
Firmino, após a morte do prefeito de Tucuruí Bruno fugiu da região sudeste e
foi para Itaituba, onde cometeu assassinou o empresário.
Crime gravado - Imagens de
câmeras de monitoramento do posto de venda de combustíveis onde a vítima foi
executada, registraram o momento em que o acusado entra no local e atira várias
vezes na vítima. Conforme Rilmar Firmino, Bruno é suspeito de ter cometido
outro homicídio, em Novo Repartimento, também no sudeste do Pará.
Todos os crimes têm a mesma
característica. "Ele age sempre com o rosto à mostra e à luz do dia. Tanto
que a morte do prefeito ocorreu à tarde e diante de várias testemunhas. Ele se
mostra uma pessoa fria e calculista", ressaltou o delegado-geral. As
investigações continuarão, visando localizar e prender outras pessoas
envolvidas nos crimes. Bruno vai permanecer recolhido à disposição da Justiça.