Com a proximidade da entrega das
obras de prolongamento da Avenida João Paulo II, prevista para dezembro deste
ano, o viaduto do Coqueiro precisará ser interditado parcialmente em duas
etapas. O procedimento permitirá a construção da quarta pétala do viaduto e a
interligação da avenida ao sistema viário já existente. A informação, divulgada
no início desta semana, foi tema de coletiva de imprensa, nesta sexta-feira
(13), na sede do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM),
órgão do Estado executor da obra.
A primeira interdição tem o
período de dez dias, começa na próxima segunda-feira (16) e vai até o dia 26. E
acontecerá de duas formas: de meia-noite às 15h, no sentido Belém-Cidade Nova,
os motoristas deverão passar do viaduto e fazer o retorno na rodovia BR-316
após a Unimed e entrar à direita para acessar a rodovia Mário Covas. Já quem
vier da Cidade Nova em direção à Marituba, poderá subir o viaduto normalmente
(que estará com meia pista liberada) para acessar a BR-316.
Já a partir das 15h, o sentido do
tráfego da meia pista liberada será invertido. Quem vier da Cidade Nova em
direção à Marituba deverá pegar a BR- 316 em direção a Belém e fazer o retorno
no semáforo localizado em frente ao Hospital Metropolitano. Quem estiver
trafegando no sentido Belém-Cidade Nova deverá subir o elevado, normalmente.
Na segunda fase, que terá início
em 27 de outubro, o acesso para os condutores que vierem de Belém em direção à
Cidade Nova continuará sendo por meio do retorno na rodovia BR-316, após a
Unimed. Já o acesso de quem vem da Cidade Nova para Marituba poderá ser feito
por meio do viaduto normalmente, em todos os horários, pois a quarta pétala
implantada estará liberada para esse movimento, seguindo dessa maneira até o
dia 6 de novembro.
A partir do dia 7 de novembro o
viaduto estará totalmente liberado, com todos os movimentos de retornos e
acessos permitidos, o que eliminará a mão dupla até então existente na terceira
pétala, dos movimentos: Cidade Nova-Marituba e Belém-Cidade Nova. Ou seja, a
nova pétala será usada por quem trafegar no sentido Cidade Nova para Marituba.
Toda essa operação foi montada
pelo NGTM, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Camargo Corrêa, construtora
responsável pelo prolongamento da avenida. “Para conseguirmos realizar a obra era
necessário a interdição. O ideal era que fosse interditado todo o viaduto, mas
sabemos que isso não é possível, então com o auxílio da Polícia Rodoviária
Federal foi realizado um estudo de tráfego para que pudéssemos definir de que
forma ela seria feita e quais os horários, tudo para evitar ao máximo os
transtornos a população. Na madrugada de segunda, antes do início da
interdição, colocaremos todas as placas de sinalização necessárias para
orientar motoristas e um semáforo no retorno que construímos na BR-316 logo
após o viaduto do Coqueiro”, explicou Marilena Mácola, diretora executiva da
NGTM.
A obra da João Paulo II vai
ajudar a desafogar o trânsito da avenida Almirante Barroso e da rodovia BR-316.
“Nosso cronograma aponta a finalização em dezembro deste ano e a partir de 1º
de janeiro a população terá esse novo corredor para trafegar. Apesar do
transtorno todo que vamos causar isso é necessário, e significa que a João
Paulo II está na sua fase final e vamos entregar essa nova via, que levará melhoria
da qualidade de vida para todos que moram na região metropolitana de Belém. Já
estamos com 85% da obra concluída, atualmente estamos asfaltando, fazendo o
calçamento, realizando ajustes nas duas pontes, ou seja, estamos na reta final,
por isso pedimos a compreensão e colaboração de todos. A interdição é
transitória e necessária, mas muito benéfica para toda a região metropolitana
de Belém”, finalizou Cesar Meira, diretor geral do NGTM.
Mobilidade - A nova avenida será
uma via metropolitana de duas pistas para tráfego geral, cada uma com 10,50
metros de largura, dividida em três faixas de tráfego com 3,50 metros cada. Na
maior parte de seu comprimento, com 2,50 metros de acostamento, 2,50 metros
para ciclovia bidirecional, 2 metros de calçada do lado esquerdo e 1,20 m do
lado direito. A via será separada por canteiro central, que terá largura
variável. A nova via possuirá acostamentos, ciclovias e calçadas, respeitando
os preceitos legais de acessibilidade. Também contará com drenagem, iluminação
pública e monitoramento de segurança. Sete passarelas para pedestres serão
implantadas ao longo da via, às proximidades dos seis pares de pontos de ônibus
urbanos. Toda a obra terá 4,7 quilômetros.
A concepção do projeto também
prevê uma composição paisagística, que se harmonizará com a do Parque do
Utinga, formando um ponto de contemplação da natureza, entretenimento, esporte
e lazer.
Proteção - Outra importante
contribuição que a obra trará para a RMB é a preservação ambiental, pois a via
funcionará como uma barreira física e sanitária para a Área de Preservação
Ambiental (APA) Belém. O projeto traz a Biofitorremediação, um eficiente
sistema de captação e tratamento de águas provenientes das seis bacias de
contribuição, que hoje estão sendo lançadas diretamente no Parque do Utinga, o
que diminuirá a contaminação dos mananciais da cidade e reduzirá o índice de
doenças causadas por mosquitos, trazendo mais saúde e qualidade de vida para a
comunidade.
Também faz parte do projeto a
primeira rede de telecomunicações do Estado, com cabos subterrâneos de fibra
óptica, que serão utilizados para transferência de dados e internet de alta
capacidade. O projeto permitirá a integração de unidades do Estado, como
escolas e prédios públicos, a promoção da segurança pública, por meio de
monitoramento remoto pelas polícias e ainda, beneficiar a população do entorno,
com pontos de internet de acesso livre WiFi, em espaços públicos.
Investimentos - As obras da nova
avenida, que representa a segunda etapa do projeto Ação Metrópole, totalizam
investimentos na ordem de R$300 milhões, sendo R$104 milhões de recursos
provenientes do FGTS/ Caixa Econômica; R$80 milhões do OGU/ Caixa Econômica e
R$118 milhões de contrapartida do governo, verba oriunda do Tesouro Estadual.