Uma iniciativa
da Coordenação de Ações Educacionais Complementares (CAEC) da Secretaria de
Estado de Educação procura incentivar os estudantes a preservar o meio
ambiente. Trata-se de uma cartilha com orientações à prática da coleta seletiva
de lixo nas escolas, que serve também de suporte pedagógico para estimular a
consciência ecológica.
Desde 2011, a
Seduc entrega mensalmente à Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Aurá
(Cootpa) cerca de uma tonelada de papel e papelão. A coleta seletiva obedece à
Lei Estadual 801, de 2008, que prevê a separação de resíduos sólidos e
recicláveis, na fonte geradora, em todos os órgãos de Administração do Estado.
Em 2018, a Seduc, por meio da CAEC, vai elaborar um cadastro das escolas que já
fazem a coleta seletiva de resíduos, como forma de estimular os demais
estabelecimentos de ensino da rede pública a adotar a prática da preservação
ambiental.
Além de
despertar os servidores para a importância da separação de materiais e a
destinação correta de resíduos, a ação da Seduc tem o objetivo de gerar renda
para os trabalhadores da cooperativa.
Intitulada “A
Coleta Seletiva Solidária Cidadã na Escola", a cartilha desenvolvida pela
Coordenação de Ações Educacionais Complementares da Seduc orienta sobre a
maneira adequada de classificar, separar, armazenar e dar destinação aos mais
diversos tipos de resíduos sólidos produzidos dentro das instituições de
ensino. A publicação obedece aos preceitos da Política Nacional de Resíduos
Sólidos (lixo) e foi enviada às escolas da rede estadual interessadas em aderir
à prática de preservação ambiental. Mas qualquer instituição que queira acessar
a cartilha pode fazê-lo baixando o arquivo digital (PDF) pelo link http://www.seduc.pa.gov.br/site/public/upload/arquivo/portal_seduc/cartilha-db478.pdf.
Emlly Silva,
técnica da CAEC que participou do projeto, diz que a proposta da Seduc ao
produzir a cartilha é fornecer subsídios teórico e metodológico para as escolas
implementarem a Coleta Seletiva Solidária Cidadã – campanha que há sete anos é
adotada pela sede da Seduc. E reitera
que a CAEC está à disposição para assessorar as escolas.
Exemplo
Um bom exemplo
da prática de seleção de materiais sólidos recicláveis vem do órgão-sede: desde
2011, a sede da Seduc entrega, mensalmente, cerca de uma tonelada de papel e
papelão para a Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Aurá (Cootpa). A
coleta seletiva obedece à Lei Estadual 801, de 2008, que prevê a separação de
resíduos sólidos e recicláveis na fonte geradora e em todos os órgãos de
administração direta e indireta no âmbito estadual. Além do viés da conservação
ambiental, a iniciativa também busca garantir uma renda extra aos trabalhadores
da Cootpa e despertar nos servidores o senso de preservação ambiental, evitando
o despejo de mais lixo no meio ambiente.
Lixo que vira
arte
Em 2018, a CAEC
vai identificar as escolas estaduais que já promovem a coleta seletiva de lixo,
como a Rainha da Paz, no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua, que desenvolve,
há mais de uma década, o projeto “O que seria lixo, vira arte”. Hoje, todo o
lixo retirado das salas de aula é armazenado em caixas instaladas no pátio da
instituição e depois disso é classificado de acordo com a natureza do resíduo.
Mas os estudantes não ficaram só na coleta, hoje eles confeccionam objetos de
decoração, artesanato, bijuterias e até roupas feitas com tecido de sobrinhas
quebradas.
Leonardo Sodré,
17 anos, aluno do primeiro ano do Ensino Médio da Escola Rainha da Paz,
aprendeu a confeccionar vasos com colagem de papel e já vende a sua produção.
“É uma tarefa muito boa, pois gera lucro de algo que ia sujar as ruas”, disse.
Mudança
Implantado pela
professora de Geografia Ana Claudia Lopes, o projeto gerou uma mudança de
comportamento nos alunos, que passaram a dar destino correto aos resíduos
produzidos na escola e também a reproduzir os conhecimentos adquiridos em sala
de aula. "Eles já trazem os resíduos de casa devidamente separados por
categoria, como garrafas pet, papéis, enfim, tudo o que pode ser reutilizado e
transformado em arte.
A Cartilha da
Seduc foi produzida pelos técnicos Emlly Silva (pedagoga, especialista em
Educação Ambiental, Mestre em Educação em Ciências e Matemáticas), Ana Lúcia
Picanço (pedagoga, especialista em Educação Infantil) e Flávio Bacelar
(matemático e técnico em saneamento), sob a supervisão da coordenadora da CAEC,
Rosemary Nogueira (pedagoga).