MPF requisita planos de trabalho para atendimento aos indígenas Warao refugiados em Belém



O Ministério Público Federal (MPF) requisitou de vários órgãos públicos estaduais e federais que elaborem planos de trabalho para atender as necessidades de indígenas Warao, da Venezuela, que estão refugiados em Belém há alguns meses, fugindo da crise político-econômica no país vizinho. Os planos devem ser apresentados o início de 2018 e serão avaliados em reuniões que já estão agendadas para os últimos dias de janeiro.

Os planos de trabalho a serem apresentados devem trazer soluções de atendimento para abrigo e assistência humanitária, educação, vacinação, saúde bucal, saúde da mulher, saúde da criança, alimentação adequada e nutrição. O MPF pede uma mobilização de vários órgãos públicos nas três esferas de governo para apresentar os planos, com cronograma, orçamento, pessoal e material necessário.

Os órgãos públicos que ficarão responsáveis pela elaboração dos planos são a Casa Civil da Presidência da República, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Desenvolvimento Social, Fundação Nacional do Índio, Coordenação Regional da Funai em Belém, Casa Civil da Governadoria do Estado do Pará, Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, Prefeitura de Belém, Fundação Papa João XXIII, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, Secretaria de Estado de Educação do Pará, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Especial de Saúde Indígena, Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins, Secretaria de Estado de Saúde Pública e Secretaria Municipal de Saúde.

Depois da apresentação dos planos de trabalho, o MPF agendou uma série de reuniões, com a presença dos indígenas, sobre cada tema, entre os dias 22 e 29 de janeiro, para avaliar o que for apresentado e também para consulta e oitiva dos indígenas sobre o plano de trabalho, atendendo ao previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O MPF, em conjunto com a Defensoria Pública da União e a Defensoria Pública do Estado do Pará, determinaram ainda, na série de providências sobre a situação dos Warao, que os trabalhos deverão ser acompanhados por antropólogos e respeito aos costumes, cultura e direito de autodeterminação dos indígenas.