Promotoria investiga aplicação de verbas na educação e saúde pública


A Promotoria de Justiça de Faro instaurou três procedimentos administrativos para fiscalização de verbas públicas nas áreas da educação e estrutura para atendimento em saúde. O promotor de justiça Alan Johnnes Lira Feitosa vai apurar questões referentes à merenda e ao transporte escolar e à infraestrutura do Hospital Municipal de Faro, cujas falhas podem colocar em risco a vida dos usuários. Na área da educação, o objetivo da promotoria é fiscalizar a aplicação correta de verbas de recursos recebidos pelo município por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para aquisição de merenda e aplicação no transporte escolar. 

A promotoria tem conhecimento que em 2017 a prefeitura realizou licitação para aquisição de gêneros alimentícios destinados à merenda escolar, porém, a merenda fornecida não foi suficiente para atender a demanda de todas as escolas de Faro. Nesse procedimento, o MPPA vai fiscalizar o procedimento licitatório e a distribuição da merenda em 2018. Foi solicitado à prefeitura e secretaria de Educação o envio do calendário escolar e informações sobre licitação em andamento para este ano, e caso haja, cópia do processo. No procedimento que visa acompanhar e fiscalizar o transporte escolar, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) tem informações que houve licitação em 2017 para contratação do serviço, porém algumas comunidades da zona rural não foram atendidas. 

A promotoria requereu informações sobre procedimento licitatório em andamento para contratação do serviço em 2018, com cópias do processo.Saúde: estrutura do hospital municipal Na área da saúde pública, o procedimento da promotoria considera inspeção realizada pelo Conselho Tutelar de Faro no Hospital Municipal Dr. Dionísio de Oliveira Bentes, que constatou irregularidades como: médico não atende diariamente, camas em más condições, banheiros e caixa d’água em péssimo estado, fossa com vazamentos, ausência de alimentação para os que estão internados, medicação insuficiente, salas sem climatização adequada e equipamentos com defeito. 

Para o MPPA, as irregularidades técnicas colocam em risco a vida dos usuários. No prazo de dez dias, requereu que a prefeitura e secretaria municipal de Saúde informem as providências que estão sendo adotadas e se há algum procedimento licitatório concluído ou em andamento para a compra de medicamentos para uso no hospital.

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