Operação Limpa Lago apreende equipamentos de pesca predatória



A apreensão de mais de 30 mil metros de malhas de pesca irregulares (com orifícios no tamanho 5, 6 e 7) e de outros petrechos ilegais utilizados na pesca predatória, como amarradores, telões, arpões e armas, foi o resultado da operação de fiscalização ambiental Limpa Lago, realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio) na região do Mosaico Lago de Tucuruí, no sudeste paraense. A operação, iniciada em 8 de março, foi encerrada nesta quarta-feira (28).

Segundo Mariana Bogéa, gerente da Região Administrativa do Mosaico do Lago de Tucuruí (GRTUC/Ideflor-bio), as ações de fiscalização têm o objetivo de proteger os peixes em fases críticas, como a reprodução e as épocas de maior crescimento. “Nós asseguramos, com a fiscalização, a preservação da biodiversidade aquática e a renovação dos estoques pesqueiros para os anos seguintes”, explicou.

Demanda local - A fiscalização foi realizada pela GRTUC em parceria com as secretarias municipais de Meio Ambiente de Goianésia do Pará e de Jacundá, e a Polícia Militar (CPR IV) de Tucuruí. A fiscalização é uma demanda dos pescadores da área, para manter as espécies de peixe no lago e a pesca sustentável. O Lago de Tucuruí pertence a um mosaico de Unidades de Conservação, que gera emprego e renda para mais de 30 mil famílias.

Para Mariana Bogéa, as operações que resultam da parceria entre o poder público estadual e municipal com os pescadores “que ocorrem nesse período, concretizam um anseio antigo da sociedade, que é colaborar de forma eficaz nas ações de fiscalização, consideradas um passo importante para a efetivação da gestão de forma participativa”.

O Mosaico do Lago de Tucuruí abrange os municípios de Tucuruí, Breu Branco, Goianésia do Pará, Jacundá, Nova Ipixuna, Itupiranga e Novo Repartimento. A pesca é a principal atividade econômica da região, mas quando realizada de forma predatória é legalmente proibida. Por isso as ações de fiscalização são frequentes. “Elas ocorrem de forma sistemática e permanente até que alcancemos os objetivos do Plano de Ordenamento da Pesca e Aquicultura da região, o qual visa à promoção da atividade pesqueira associada à sustentabilidade”, informou Mariana Bogéa.

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