Sespa apresenta novas ferramentas para indicadores de infecção hospitalar



A partir deste ano, os hospitais e serviços de diálise públicos, privados e filantrópicos passarão a notificar os episódios infecciosos em formulários eletrônicos de notificações, já disponíveis no portal.anvisa.gov.br. As alterações no instrumento de notificação nacional das infecções relacionadas à assistência à saúde foram apresentadas em evento no auditório da Universidade da Amazônia (Unama), nesta sexta-feira, 16, pela Divisão de Controle de Infecção Hospitalar vinculada à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O encontro reuniu profissionais de saúde controladores de infecções dos hospitais com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, pediátrico e neonatal.

Foram discutidos vários assuntos no âmbito do controle das infecções, dentre eles os indicadores das infecções relacionadas à assistência à saúde e resistência microbiana. Na oportunidade, foram apresentados também, os novos indicadores de processo de práticas seguras de implantação de cateter e de consumo de antimicrobianos, que deverão compor as notificações deste ano. A reunião contou com a presença de 60 profissionais controladores de infecção e 30 responsáveis técnicos, médicos e enfermeiros dos serviços de diálise.

A coordenadora estadual de Controle de Infecção Hospitalar, Graça Guerreiro, informou que a taxa de adesão e de regularidade é positiva. Ela disse que melhorou consideravelmente a confiabilidade dos indicadores pela consistência das notificações. “Os profissionais que atuam nas áreas de controle de infecção hospitalar estão mais preparados. Eles usam os critérios de diagnósticos estabelecidos nacionalmente”, reforçou.

A taxa das notificações dos estabelecimentos assistenciais de saúde com leitos de UTI aumentou de 76% em 2015 para 98% em 2016. A busca ativa pós-alta aumentou de 55,2% para 67,5% em 2016. “O aumento de notificações comprova que os estabelecimentos de saúde estão mais comprometidos com a vigilância para o controle da infecção. Essa busca ativa é feita quando a pessoa já recebeu alta e mesmo assim a unidade quer saber como está o paciente, se ele não desenvolveu nenhum tipo de infecção pós-cirurgia”, explicou Graça Guerreiro.