O Pará possui o maior rebanho de búfalos
do Brasil, com 1,32 milhão de cabeças, o que representa 37,4% do rebanho
nacional. A maior parte, cerca de 450 mil cabeças, está concentrada no
Arquipélago do Marajó, principalmente nos municípios de Chaves e Soure, segundo
dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Do total do
rebanho bubalino marajoara, apenas pouco mais de 5 mil são destinados à
pecuária leiteira. A média de produção é de quatro quilos de leite/dia por
animal, e por meio do Projeto Pecuária Bubalina Familiar Leiteira da Ilha do
Marajó (Promebul) a meta é chegar a 10 quilos/dia.
Para fortalecer a cadeia de leite e de
corte, e transformá-la em uma alternativa econômica viável para a região, que
concentra os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, a
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), a
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Amazônia Oriental, a
Associação Paraense dos Criadores de Búfalos (APCB) e a Central de
Biotecnologia Reprodução Animal (Cebran), da Universidade Federal do Pará
(UFPA), criaram o Promebull Marajó. Agora, a experiência vai ser estendida a
outros rebanhos, com a assinatura do convênio para implantação do Programa de
Melhoramento Genético do Rebanho Bubalino do Pará (Promebul) em outras regiões
criadoras, como a oeste.
Esta nova fase do projeto conta com a
parceria da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa). O programa
será oficializado nesta terça-feira (3), por meio da assinatura de convênio
entre Embrapa e Sedap, às 8 h, na sede da Faepa, em Belém.
Resultados - No Marajó, o Promebull já
vem apresentado resultados muito positivos. Em 2016 foi implantada uma unidade
demonstrativa do projeto no campo experimental da Embrapa em Salvaterra, que
funciona como uma fazenda modelo para os produtores da região.
O projeto selecionou dezenas de
propriedades em três municípios do Marajó - Soure, Salvaterra e Cachoeira do
Arari - e, por meio da técnica de Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF)
espera iniciar uma nova geração de búfalos leiteiros na região. Uma experiência
que, agora, será levada para todo o estado. (Com informações da Assessoria de Comunicação
da Embrapa Amazônia Oriental).