A Vara do Tribunal do Júri da Comarca de
Ananindeua leva a julgamento, nesta terça-feira, 11, os réus Sérgio Maurício
Rodrigues da Silva, conhecido popularmente como Pelado, e Cristiano Rodrigues
da Silva, também chamado de Corujito. Eles são acusados de assassinato e
tentativa de homicídio, além de estrupo, de duas mulheres. O júri ocorrerá a
partir das 9h, no Fórum Des. Edgar Lassance Cunha, em Ananindeua, sob a presidência
da juíza Cristina Collyer.
De acordo com a denúncia apresentada
pelo Ministério Público do Pará e acatada pela Justiça de Ananindeua, Sérgio é
acusado de violentar sexualmente, assassinar e ocultar o cadáver de uma mulher,
além de violentar sexualmente e tentar matar a outra vítima, à época uma
adolescente de 14 anos. Segundo o processo, Cristino presenciou a agressão
praticada contra a segunda vítima e participou da ocultação do cadáver da
primeira mulher. A segunda vítima sobreviveu à tentativa de homicídio.
Narram os fatos que o crime ocorreu em
13 de outubro de 2014, quando a vítima fatal convidou a adolescente para ir até
à casa de Sérgio, pois precisava conversar com ele. Na residência, a
adolescente foi buscar água na cozinha e deixou a colega conversando com
Sérgio. No retorno da cozinha, o acusado lhe abordou e a ameaçou com um arma de
fogo, sendo levada para o quarto, onde ficou trancada.
Sérgio retornou ao quarto após um
período de tempo, ameaçou a adolescente e a violentou sexualmente. Após o
estupro, ele a obrigou tomar algumas pílulas, informou que sairiam ao anoitecer
e confessou o homicídio de sua colega. Ao retornar para o quarto, a adolescente
foi vestida em um lençol e ordenada a sair pelo quintal, ocasião em que se
encontraram com Cristiano e o filho dele.
A adolescente foi levada para o matagal
e foi agredida com um golpe na cabeça, fazendo perder os sentidos. Ela acordou
no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência e o corpo da outra mulher
foi encontrado amarrado dentro de um saco de sarrapilheira, com vários golpes
de arma branca e sinais de violência sexual, em um terreno baldio por moradores
da área do Icuí-Guajará.
Entre as testemunhas do caso, estarão a
vítima, à época adolescente, e outras arroladas pela defesa e pelo Ministério
Público. O Fórum está situado à rua Cláudio Sanderes, nº. 193, às proximidades
da rodovia BR-316.