Sindicato dos Enfermeiros denuncia ameaça da suspensão das atividades dos profissionais que trabalham com a Saúde Indígena no Pará.



O Sindicato dos Enfermeiros do Pará (Senpa) denunciou ao Ministério Público do Trabalho a ameaça da suspensão das atividades dos profissionais que trabalham com a Saúde Indígena no Pará. O problema deve começar a partir deste mês de outubro em virtude da onda de demissões ocasionadas pela saída da Organização Social (OS), a SPDM, que atua em três distritos no Pará.

Segundo o Senpa, ocorre que a Secretaria Especial de Saúde Indígena, órgão ligado ao Ministério da Saúde, abriu licitação para novas empresas, porém as OSs que venceram a licitação tem o prazo de 90 dias para contratar novos profissionais da Saúde, em especial Enfermeiros, que irão atuar na saúde indígena no Pará. Ao longo destes 3 meses diversas etnias e aldeias ficarão sem assistência médica, uma vez que a SPDM só ficará até o próximo dia 10 de outubro.

Nesta sexta-feira (5), uma reunião será realizada na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (o TRT8) para discutir o assunto. O Ministério Público do Trabalho estará representado pela procuradora Giselle Goes que manifestou preocupação com a situação dos profissionais e também com a falta de serviço aos povos indígenas.

Uma das sugestões a ser discutida será a contratação dos profissionais, que já atuam na saúde indígena, pelas novas OS que assumirem. As empresas já sinalizaram essa possibilidade, porém querem retirar dos trabalhadores direitos que lhe são garantidos.