A Secretaria de Estado de Estado de
Saúde Pública (Sespa) está garantindo todo o suporte necessário ao município de
Prainha, no oeste do Pará, para controlar o surto de sarampo que afeta a cidade,
onde já foram confirmados 14 casos da doença neste ano, contra apenas um em
2018. De acordo com a diretora do Departamento de Epidemiologia da Sespa, Ana
Lúcia Ferreira, foram destinados R$ 120 mil para o 9º Centro Regional de Saúde
(CRS) utilizar em recursos humanos, veículos, combustíveis e aquisição de
insumos, a fim de intensificar a vacinação e a busca ativa de casos na área
afetada do município, durante 30 dias.
Em 2018, o Pará notificou 267 casos
suspeitos de sarampo, dos quais 67 foram confirmados, incluindo dois óbitos de
refugiados venezuelanos que estavam em Belém. Em 2019, há a notificação de 34
casos, dos quais 18 foram confirmados. No total, são 301 notificados, dos quais
87 confirmados, 185 descartados e 29 que permanecem sob investigação.
Até o momento, na mesma região, o
município de Santarém, apresentou o maior número de notificações - 116 casos -
e o maior número de confirmados, 39. Em seguida aparecem os municípios de
Prainha, com 26 notificados e 15 confirmados; Belém, com 22 notificados e nove
confirmados, e Monte Alegre, com 15 notificados e também nove confirmações.
Para controlar o surto no oeste do Pará
- que tem a maior incidência da doença devido à proximidade com o Estado do
Amazonas, que apresenta o maior número de casos no Brasil -, o Ministério da
Saúde e a Sespa implantaram na região, na semana passada, o Plano de Eliminação
do Vírus do Sarampo no Brasil.
A finalidade é fortalecer os sistemas de
Vigilância e Atenção à Saúde, para interromper a circulação do vírus do sarampo,
garantindo que o Brasil permaneça com o Certificado de Eliminação da Circulação
do Vírus do Sarampo, recebido em 2016 da Organização Mundial de Saúde (OMS).