A produção industrial nacional cresceu
0,7% em fevereiro frente a janeiro, com alta em 16 das 26 atividades econômicas
investigadas pela pesquisa de Produção Industrial Mensal, divulgada hoje pelo
IBGE. Apesar do resultado positivo, as indústrias extrativas sofreram a maior
queda da série iniciada em 2002 (-14,8%), principalmente na produção de
minérios de ferro, como reflexo dos efeitos do rompimento da barragem de
rejeitos de mineração na região de Brumadinho (MG).
Ainda entre as atividades, as principais
influências positivas vieram da produção de veículos automotores, reboques e
carrocerias (6,7%), produtos alimentícios (3,2%) além de coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%). “A alta bem disseminada na
produção de fevereiro ainda guarda uma relação com o efeito-calendário, já que
em 2019 o mês teve dois dias úteis a mais do que fevereiro de 2018, com o
feriado de carnaval transferido para março”, explica o gerente da pesquisa,
André Macedo.
Na comparação com fevereiro de 2018, o
crescimento industrial para o mês foi de 2,0%, após três meses de taxas
negativas consecutivas. Apesar do crescimento, a indústria ainda tem queda de
0,2% no acumulado do ano (janeiro e fevereiro de 2019).
Entre as quatro grandes categorias
econômicas, os destaques positivos foram para os Bens de Capital, grupo que
subiu 4,6% em relação a janeiro e 7,0% frente a fevereiro de 2018. Também
tiveram alta nas duas comparações os Bens de Consumo Duráveis (3,7% e 12,2%) e
os Semi e Não-duráveis (0,7% e 3,2%). O único perfil negativo foi o do setor
produtor de Bens Intermediários (-0,8% e -0,4%), no qual se encontra a
atividade das indústrias extrativas.