O novo Informe Epidemiológico da
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aponta a notificação de 124 casos da
doença no Pará no período de 1º de janeiro a 6 de abril de 2019. Portanto,
considerando que a SRAG é um agravamento de um quadro gripal, é fundamental que
as famílias paraenses se mobilizem para vacinar todas as pessoas que fazem
parte dos grupos prioritários durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a
Gripe, que começou no último dia 10.
A vacina contra a gripe é segura,
protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último
ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da Organização Mundial de
Saúde (OMS), ou seja, Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B, e
reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações e
óbitos.
A escolha dos grupos a serem vacinados
segue recomendação da OMS e é formado pelas pessoas com maior possibilidade de
ter complicações e morrer por SRAG. Assim devem ser vacinadas crianças de seis
meses a menores de seis anos de idade, mulheres grávidas, idosos a partir dos
60 anos de idade, os trabalhadores de saúde, povos indígenas, mulheres até 45
após o parto, professores, pessoas portadoras de doenças crônicas e outras
categorias de risco clínico, como a população privada de liberdade, incluindo
adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medida socioeducativa, além de
funcionários do sistema prisional.
No Pará, a meta é vacinar 2.074.497
pessoas ou, pelo menos, 90% desse total, que corresponde a 1.838.439. Para isso,
estão funcionando 2.958 postos de vacinação fixos, 758 volantes terrestres e 62
volantes fluviais, com 5.338 equipes de vacinação, totalizando 21.350 pessoas
envolvidas.
Segundo a diretora de Vigilância
Epidemiológica da Sespa, Martha Nóbrega, a Vigilância de SRAG monitora os casos
hospitalizados e óbitos com a finalidade de identificar o comportamento da
gripe no Brasil e orientar na tomada de decisão em situações que requeiram
novos posicionamentos do Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais
de Saúde.
Estatística – De acordo com o Informe
Epidemiológico, a população mais acometida de SRAG foi de crianças de sete
meses a menores de dois anos de idade, com 34 casos notificados, seguida das
crianças menores de seis meses de idade, com 29 casos registrados; e de três a
dez anos de idade com 21 casos. Os municípios com maior número de notificações
foram Belém (89), Marituba (9) e Parauapebas (8).
No que se refere aos vírus causadores da
SRAG, dos 124 casos notificados, 104 (83,87%) tiveram amostras de secreção
coletadas para exame laboratorial, das quais 24 (23,07%) deram resultado
positivo para vírus respiratório, sendo 11 para Influenza B, 8 para Influenza
A/H1N1, 2 para Parainfluenza 3, 2 para Adenovírus e 1 para Vírus Respiratório
Sincicial.
Quanto ao uso do antiviral Oseltamivir
(Tamiflu), 107 (86,29%) fizeram uso, lembrando que o Ministério da Saúde
preconiza o uso, preferencialmente, nas primeiras 48 horas a partir do início
dos sintomas. E dos 124 casos notificados, 104 tiveram confirmação por exame laboratorial
e 12 por critério clínico.
Entre os casos notificados, 14 foram a
óbito, sendo que 11 deles tiveram material coletado para exame, confirmando 4
óbitos por Influenza A H1N1 e 2 por Influenza B.