A agência espacial norte-americana
(Nasa) revelou, nessa segunda-feira (6), detalhes sobre seu plano de atingir,
com uma nave espacial, em 2022, um pequeno alvo lunar em um sistema de duplo
asteroide - sua primeira missão de demonstrar uma técnica de defesa
planetária.O Didymoon, ou Didymos B, é um asteroide lunar com cerca de 150
metros de altura orbitando um corpo maior, o Didymos A, o asteroide mais
acessível de seu tamanho.
Uma campanha internacional está agora
fazendo observações, usando telescópios poderosos em todo o mundo para entender
o estado do sistema de asteroide.
"O sistema Didymos é muito pequeno
e muito longe para ser visto como algo maior que um ponto de luz, mas podemos
obter os dados que precisamos, medindo o brilho desse ponto de luz, que muda
conforme Didymos A gira e Didymos B em órbita", disse Andy Rivkin, um dos
coordenadores da equipe de investigação.
Os pesquisadores ainda não têm certeza
sobre a composição do alvo: se é composto de rocha sólida, entulho solto ou
areia "mais macia". Uma superfície mais macia absorveria grande parte
da força de impacto e não pode ser empurrada tão drasticamente como uma nave
espacial que atingisse uma superfície mais dura.
A equipe da Nasa verá de perto o sistema
de asteróides graças a um gerador de imagens italiano. O satélite cubo, do
tamanho de uma caixa de sapatos, registrará o impacto da nave espacial e suas
consequências.
A nave, chamada Teste de
Redirecionamento de Asteroide Duplo (Dart, na sigla em inglês) levará um
sistema de navegação ótica para capturar imagens que ajudarão a nave espacial a
atingir seu alvo.
Em seu projeto mais recente, a Dart
poderá se mover com o auxílio de pequenos propulsores de hidrazina, enquanto
utiliza o sistema de propulsão elétrica, que empurrará o início da janela de
lançamento principal para julho de 2021, encurtando o tempo de voo da missão. A
previsão anterior de lançamento era dezembro de 2020.
A nave espacial Dart se chocará contra o
asteroide a uma velocidade de aproximadamente seis quilômetros por segundo. A
colisão mudará a velocidade da lua em sua órbita ao redor do corpo principal em
uma fração de 1%, o suficiente para ser medida usando telescópios na Terra.
*Agência Brasil