Os dados do Relatório Anual da Seguradora
Líder revelam que as mulheres são mais cuidadosas quando o assunto é trânsito.
Das mais de 328 mil indenizações pagas pelo Seguro DPVAT no ano passado, apenas
25% foram para vítimas do sexo feminino. Além disso, entre os motoristas
indenizados em 2018, 15% eram mulheres. Ao analisar somente os pagamentos
destinados às mulheres, os números também mostram que elas são mais atingidas
quando estão na condição de passageiro e pedestre – as duas categorias
concentraram mais da metade das ocorrências indenizadas com vítimas do sexo
feminino. Já entre os homens, mais de 78% dos beneficiários eram motoristas. Os
dados reforçam, portanto, o maior índice de imprudência entre os homens no
comando da direção.
Mas, apesar da baixa participação das
mulheres em acidentes de trânsito, as jovens de 18 a 34 anos são as mais
atingidas quando as colisões acontecem. A faixa etária, considerada a população
economicamente ativa, concentrou 47% dos pagamentos destinados às vítimas
mulheres. O segundo grupo de idade mais
afetado é o de 45 a 64 anos (22%).
Na avaliação dos números por estado,
Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e São Paulo lideram os
índices de ocorrências no trânsito com mulheres. Já os últimos lugares são
ocupados por Paraíba, Pernambuco e Alagoas, respectivamente.
Quanto às regiões brasileiras, o
Centro-Oeste teve o maior número de indenizações pagas por acidentes envolvendo
mulheres no ano passado, com 28% do total de pagamentos por ocorrências com o
sexo feminino. Na sequência, estão Sul e Norte com 27%, Sudeste (26%) e
Nordeste (21%).
Em relação ao período do dia, o
anoitecer (17h às 19h59) foi responsável por cerca de 24% das ocorrências que
tiveram benefícios pagos às vítimas do sexo feminino. Já a madrugada (0h às
5h59) concentrou o menor número de sinistros, com apenas 9% dos pagamentos.
O superintendente de Operações da
Seguradora Líder, Arthur Froes, lembra que, de acordo com dados da Polícia
Rodoviária Federal, a falta de atenção do condutor foi a principal causa das
ocorrências. Para ele, o cenário comprova a maior imprudência do homem ao
volante.
“As mulheres recebem, em média, apenas ¼
das indenizações. Assim, proporcionalmente, se envolvem menos em acidentes de
trânsito. Isso acontece porque costumam estar mais atentas às normas, como o
uso do cinto de segurança e da cadeira infantil quando há crianças no veículo.
Além disso, também são mais prudentes quanto à legislação, respeitando o limite
máximo de velocidade das vias”, ressalta Arthur Froes.
O Relatório Anual da Seguradora Líder
2018 contribui para dimensionar a extensão dos danos causados pela violência no
trânsito em todo o país, bem como progressos alcançados pela educação e
conscientização da população. Com a divulgação dos dados, a companhia também
espera ajudar no desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e educação
no trânsito.