Pipas fizeram a alegria de crianças internadas no Hospital Metropolitano




Pacientes infantis do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, tiveram uma manhã especial nesta terça-feira (11). Eles saíram momentaneamente das enfermarias para empinar pipas na área externa. A atividade foi proposta por uma equipe multiprofissional, com o objetivo de diminuir o estresse psíquico frequente em processos de internação.

Visto da janela da Unidade de Internação Pediátrica, o dia amanheceu ensolarado, com vento e poucas nuvens. Do lado de dentro, olhinhos estavam atentos na expectativa. Mal podiam esperar pela prescrição do dia: colocar pipas para voar, uma brincadeira simples mas que pode fazer a diferença no tratamento das crianças.

Em outra sala, parte da equipe dos setores Psicossocial, Humanização e Reabilitação do HMUE arrumava as pipas doadas por um vendedor da comunidade, que fez questão de ajudar quando soube que o brinquedo construído com tala, linha e plástico faria a diversão dos pequenos pacientes.

O que parece só diversão, na verdade é tratamento sugerido pela equipe, ao acompanhar a evolução dos pequenos. “Com o tempo, eles ficam mais resistentes, não querem atender as orientações. Fizemos uma análise sobre as preferências do brincar, que é a forma de autonomia e independência das crianças. As pipas são comuns nessa época do ano, então percebemos que era uma atividade possível de ser executada”, explicou a terapeuta ocupacional Ivana Castro.

E foi brincando que Antônio José Oliveira, de 11 anos, fraturou o braço, ao cair de um jambeiro. O acidente não foi empecilho para diminuir a energia. “A gente fica mais alegre, pois geralmente não sai da enfermaria”, disse. A mãe dele, Valdilene Oliveira não ficou de fora. “É legal, diferente, ele está gostando e eu também”, contou.

De acordo com a psicóloga Elzelis Rodrigues, os resultados são sentidos também nos acompanhantes. Para ela é uma maneira de quebrar a um pouco a preocupação a que os pais ou responsáveis estão expostos, cuidando das crianças. “Fazemos outras ações humanizadas, como rodas de conversa, e isso se reflete na vida das pessoas”, concluiu.


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