História de superação do pequeno Arthur emociona profissionais do Hospital Metropolitano




A equipe multiprofissional do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, se despediu do pequeno Arthur Davi Marques Araújo, de 4 anos, que recebeu alta na terça-feira, 11 de julho. O pequeno deu entrada no dia 10 de junho com uma lesão cerebral devido a uma queda de própria altura. O caso dele sensibilizou a equipe assistencial e sua recuperação foi além das expectativas.

A volta para a cidade de origem, em Barcarena, foi muito esperada e marcada por emoção. “É maravilhoso sair depois da situação em que chegamos. Não havia esperança, mas ele contagiou todo mundo do hospital”, falou o pai, Rômulo Araújo. Durante quase um mês, Arthur passou por muitos procedimentos, duas cirurgias, ficou na Unidade de Terapia Intensiva, sem falar e andar. A família fez uma mobilização nas redes sociais para reunir doadores de sangue e para o envio de energias positivas para a melhora do quadro clínico.

Os momentos foram difíceis na internação. “Tivemos de acionar outros familiares para apoiar os pais que não saíam de perto do filho. Possibilitamos visitas religiosas e da escola que vieram de Barcarena”, lembrou a coordenadora de Psicossocial, Jucielem Farias. Arthur também recebeu um par de órteses personalizadas do Capitão América, personagem dos quadrinhos e cinema, produzidas no recém-inaugurado Laboratório de Tecnologia Assistiva do HMUE. “O caso dele ficou conhecido na Unidade, colocamos os adornos especialmente para ele, um pequeno herói”, comentou o terapeuta ocupacional Lucas Muniz.



Clarissa Marques comemorou a recuperação do filho. “Ele estava sem falar, pela segunda vez na vida, a primeira palavra que ele disse foi mãe. A expectativa é que tivesse muitas sequelas, mas felizmente meu filho está saindo bem”, contou. Arthur agora fará acompanhamento com fonoaudiólogo, fisioterapeuta, neurologista e hematologia pelo Serviço de Atenção Domiciliar, programa do Serviço Único de Saúde (SUS), que atende pacientes desospitalizados que ainda necessitam de cuidados ambulatoriais.

Acidentes Domésticos – Em 2018, o Hospital Metropolitano atendeu 857 pacientes de 0 a 14 anos envolvidos em acidentes domésticos graves. As quedas representaram quase 40% das causas, seguidas por acidente desportivo, acidente doméstico não-especificado, ferimento por arma branca ou arma de fogo, mordida de animal doméstico, queda de árvore, queda de bicicleta, queda de escada, queimadura elétrica e por líquido inflamável.


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