Julho Amarelo: mês é de alerta para as hepatites virais




O mês de julho será de conscientização sobre a necessidade de se prevenir as hepatites virais, com o Projeto Julho Amarelo. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), de 2015 a 2017, 221 pessoas morreram vítimas de insuficiência causadas por hepatites virais no Estado. O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais é comemorado em 28 de julho.

De acordo com o médico gastroenterologista da Clínica Viver, Daniel Peixoto, a hepatite é a inflamação do fígado, que pode comprometer o funcionamento do órgão e aumentar o risco de o paciente desenvolver outras doenças. “As hepatites virais, ou seja, dos tipos B e C, são consideradas as mais graves, pois podem evoluir para quadros mais graves, como a cirrose, câncer, entre outras doenças. São também as que apresentam maior incidência na população”, explica.

Segundo o especialista, as hepatites B e C são transmitidas por meio de sangue contaminado, relação sexual desprotegida e da mãe infectada para o filho na hora do parto. O médico gastroenterologista da Clínica Viver ainda afirma que as hepatites são doenças silenciosas, mas que apresentam alguns sintomas. “Quando se manifestam, o indivíduo pode apresentar fadiga, falta de apetite, enjoo, vômitos, urina escura, fezes esbranquiçadas, pele e olhos amarelados (icterícia), dor no estômago e diarreia”, diz.

Para se prevenir das hepatites B e C, o médico Daniel Peixoto orienta que se evite contato com sangue, não compartilhando objetos perfurocortantes. Além disso, ele explica que sejam utilizados materiais individuais e esterilizados aos se fazer tatuagens, piercings e serviços de manicure. Por fim, o especialista alerta para a necessidade de sempre usar preservativos em relações sexuais. “As gestantes devem fazer o teste para as hepatites no pré-natal e tomar as três doses de vacina para hepatite B, se nunca foram vacinadas”, comenta.

Outra alternativa para se prevenir a hepatite B, segundo o médico da Clínica Viver, é se vacinar contra a doença. “A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde. Já para a hepatite do tipo C, ainda não há imunização”, explica.

Caso a pessoa apresente alguns dos sintomas apontados pelo médico gastroenterologista, deve-se procurar um laboratório para que seja feito o exame de sangue para que a doença seja diagnosticada o quanto antes. “Quanto mais cedo a hepatite for identificada, menos consequências ela traz para o paciente”, finaliza.

Related Posts: