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Arte: Infoescola |
Desde o dia 22 de agosto deste ano, a
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) está intensificando a mobilização
para a vacinação contra o vírus do sarampo em todo o Pará Em conjunto com as
secretarias municipais de saúde continua vacinando as crianças de seis meses a
menores de um ano de idade, que são as mais suscetíveis a casos graves e óbitos
pela doença.
Denominada dose zero, essa dose não é
considerada válida para fins do Calendário Nacional de Vacinação, devendo ser
agendada a partir dos 12 meses com a vacina tríplice viral e aos 15 meses com a
vacina tetra viral ou tríplice viral mais a de varicela, respeitando-se o
intervalo de 30 dias entre as doses.
Cenário nacional - O Brasil registrou
4.476 casos confirmados de sarampo até 18 de setembro de 2019, segundo o
boletim epidemiológico publicado nesta semana pelo Ministério da Saúde. Até o
último boletim, foram notificadas quatro mortes por sarampo no Brasil, sendo
três no estado de São Paulo e uma em Pernambuco. Dessas mortes, três foram em
crianças menores de um ano. Somente uma foi em um indivíduo com mais de 42 anos
de idade. Nenhum deles era vacinado contra o sarampo.
Com a proximidade de uma das maiores
festividades religiosas do mundo, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, que
ocorre no segundo domingo de Outubro na capital paraense, a Sespa está
novamente chamando os pais e responsáveis para levarem seus filhos para
realizar a vacina tríplice viral, que previne contra o sarampo, e também,
contra a caxumba e rubéola. "O alerta é importante para que a população
continue vigilante em relação a doença, pois uma das maiores preocupações, no
momento, é o aumento do número de pessoas, em Belém, motivadas pelo Círio de
Nazaré, que atrai inúmeros turistas de todas as partes do Brasil e do mundo, o
que pode contribuir para nova disseminação do vírus do sarampo no Pará", alertou
o titular da Sespa, Alberto Beltrame.
"Caso ocorra a contaminação pelo
vírus, é importante que a pessoa perceba os sintomas e, ao chegar ao destino
final, procure imediatamente uma unidade de saúde e informe ao médico quais
foram os destinos da viagem", finalizou o secretário de Estado de Saúde. A
partir do caso suspeito, a vigilância epidemiológica do município, deve iniciar
as ações de investigação, bloqueio vacinal e monitoramento dos contatos.
O Ministério da Saúde orienta às pessoas
que vão viajar, tanto para destinos nacionais quanto internacionais, que se
certifiquem que estão em dia com as doses da vacina tríplice viral, que protege
contra sarampo, rubéola e caxumba, conforme previsto no Calendário Nacional de
Vacinação. No Brasil, a recomendação é de duas doses a partir de 12 meses a 29
anos de idade; e uma dose para a população de 30 a 49 anos de idade.
A pessoa não vacinada contra sarampo
deve receber a vacina com pelo menos 15 dias de antecedência da viagem. Além de
estar com a situação vacinal atualizada, o viajante deve incluir o cartão de
vacinação entre os documentos da viagem.
Segundo o Ministério da Saúde, as
crianças são as mais suscetíveis às complicações e óbitos por sarampo, e a
incidência de casos em menores de um ano de idade é nove vezes maior em relação
à população em geral, havendo registro no Brasil de 52 casos confirmados nessa
faixa etária para cada 100 mil habitantes.
A segunda faixa etária mais atingida
pela doença é a de um a quatro anos. Foram confirmados quatro óbitos por
sarampo, sendo três em menores de um ano de idade e um em indivíduo de 42 anos.
Nenhum dos quatro casos era vacinado contra a doença.