Hospitais do Pará já mantêm 43 pacientes
internados com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Todos estes
pacientes passaram por testes, e 13 deles deram positivo para o novo
Coronovírus. O restante ainda aguarda os resultados. "São pacientes que
requerem muita atenção porque estão com problemas respiratórios, que necessitam
de atendimento médico, assistência médica e acompanhamento, seja em média
complexidade ou em tratamento intensivo (UTI)", frisou o governador.
Helder Barbalho lembrou que o Estado já
dispõe da combinação de remédios (90 mil comprimidos de Hidroxicloroquina e 75
mil de Azitromicina) para tratamento, mediante prescrição médica e em leito
hospitalar, de pacientes graves de Covid-19. "Já iniciamos a distribuição
em hospitais públicos e particulares, para que estejamos munidos das condições
de salvar vidas. É importante registrar que este medicamento não pode ser
consumido em casa, a partir de autoprescrição", reiterou o chefe do
Executivo estadual.
Outra informação preocupante é que o
isolamento no Pará atinge apenas 40% da população. O dado foi divulgado pela
tecnologia de Inteligência Artificial e monitoramento da Secretaria de Estado
de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). Um cenário que levou o governador
a fazer um apelo direto. "É fundamental que possamos ter a contribuição da
sua colaboração neste sentido. Temos outras regiões do Brasil com mais números
de casos, e mesmo assim com 60% em isolamento. Não vamos esperar chegar a uma
situação dramática para que as pessoas passem a ter consciência", frisou
Helder Barbalho, que também alertou para o aumento, em ritmo acelerado, do
contágio viral no Pará.
De acordo com o secretário Alberto
Beltrame, houve um aumento de 25% no número de casos de ontem para hoje (de 06
a 7 de abril), com a comprovação de mais 31 positivados. Durante o comunicado
oficial desta terça-feira, o quadro registrava 154 casos confirmados, 98 em
análise, cinco mortes e 1.135 casos descartados. "Nós chegamos a uma média
de 1.8 casos por 100 mil habitantes. No Brasil, essa média é de seis casos por
100 mil. Essa grande subida corresponde à normalidade nas ruas. Infelizmente,
esse número de pessoas internadas vai crescer. Precisamos achatar a curva
desses números. Por isso, vale o sacrifício das pessoas ficarem em casa",
reforçou Alberto Beltrame.
Orientações à população - Em caso de
mortes, a Secretaria de Saúde Pública (Sespa) está recomendando um protocolo
para evitar contágio antes, durante e após o velório, para ser seguido por
unidades de saúde, familiares e funerárias. "É um protocolo para preparo
de corpos, velório e enterro. Esse é um tema extremamente delicado, complexo,
mas necessário. Pessoas que morreram por Covid, confirmadas ou suspeitas, que
aguardam comprovação laboratorial, deverão enrolar num lençol e em plástico,
por duas vezes, e ainda será desinfetado todo o corpo antes da colocação em
urna funerária, que deve ser devidamente vedada e lacrada. O caixão não pode
ser aberto. O velório será breve e não deve ter mais de 10 pessoas ao mesmo
tempo no local. No caso de ser enterrado ou cremado, será feito
normalmente", explicou o secretário.
Outra orientação dada à população é
quanto aos testes rápidos que serão usados somente em profissionais de saúde.
"O objetivo do teste é pra testagem de profissionais de saúde, pra
verificar o momento que eles podem eventualmente voltar ao trabalho. A gente
quer contar com um maior número de pessoas na linha de frente dos atendimentos.
Então, por exemplo, uma enfermeira que tem os sintomas pode ser isolada, e ela
passará pelo teste, mas ele será aplicado lá pelo oitavo dia porque esse teste
tem limitações. Quando dá positivo, é positivo. Mas ele tem 15% de chance de
dar falso negativo. E aí vamos ter que fazer outro exame no Lacen (Laboratório
Central), que é o PCR, pra confirmar", informou o governador.
Transparência - Também foi repassado o
endereço do site (www.covid-19.pa.gov.br), que a Prodepa (Empresa de Tecnologia
da Informação e Comunicação do Estado do Pará) disponibilizou para que a
população tenha acesso, com transparência, a todos os dados, decretos,
portarias e compras feitas pelo governo em função da pandemia, além do quadro epidemiológico
do Pará.
Foi informado ainda o número da Central
Telefônica do Fundo Esperança (091 - 3289-7550), que está entrando em contato
com microempreendedores e trabalhadores informais que solicitaram o serviço,
para que iniciem o processo de contratação da linha de crédito.