"Se hoje você pudesse conversar ou
ter uma consulta com um nutricionista, o que perguntaria a ele?". Eis a
pergunta que norteia o trabalho de um grupo de nutricionistas, pesquisadoras do
Projeto Enfrentamento e Controle da Obesidade no Âmbito do SUS no Pará,
financiado pelo Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq). A equipe selecionou as perguntas e as
respostas com base em artigos e evidências científicas atuais estão disponíveis
para consulta no link:
http://www.saude.pa.gov.br/wp-content/uploads/2020/06/Alimenta%C3%A7%C3%A3o-e-Nutri%C3%A7%C3%A3o-em-Tempos-de-Pandemia.pdf.
O grupo de pesquisa é formado pela
coordenadora estadual de Nutrição da Secretaria de Saúde do Estado do Pará
(Sespa), Rahilda Tuma; pelas nutricionistas Thaís Granado, do Hospital Ophir
Loyola (HOL) e da Universidade Federal do Pará (UFPA); Giovana Sousa
(autônoma); pela professora de Nutrição, Daniela Gomes Lopes, e a acadêmica de
Nutrição, Bárbaras Siqueira, ambas da UFPA.
A coordeadora estadual explicou que o
trabalho teve início com o levantamento sobre as principais dúvidas que as
pessoas têm sobre a alimentação neste período de distanciamento social. Para isso,
foi realizada a enquete: "Se hoje você pudesse conversar ou ter uma
consulta com um nutricionista, o que perguntaria a ele?". A pergunta foi
enviada, pelas pesquisadoras, via WhatsApp, para variadas listas de contatos.
De acordo com a coordenadora estadual de
Nutrição, Rahilda Tuma, "uma alimentação saudável vai muito além de
simplesmente nos manter saciados, ela garante uma boa nutrição e o
funcionamento adequado do corpo, assegurando a manutenção da saúde e a
prevenção de muitas doenças, que aumentam o risco de complicações da Covid-19,
como diabetes, hipertensão e obesidade".
A nutricionista ponderou ainda que o
cenário atual requer cuidado redobrado com a higiene pessoal e do ambiente, mas
não se pode esquecer da necessidade de manter boas condições nutricionais, por
meio do consumo adequado de alimentos saudáveis e água potável, além do banho
de sol diário. "Pois esse conjunto de medidas contribui para o
fortalecimento do sistema imunológico, e consequentemente para a manutenção e a
recuperação da saúde", afirmou.
Neste período de isolamento social,
observou Tuma, em que a rotina diária foi desacelerada e readaptada, o desafio
é se manter saudável enquanto se fica em casa. "Isso gera grande ansiedade
e avidez por informações referentes à Covid-19 e maior exposição à grande
profusão de fake news, que levam a interpretações e decisões inadequadas e até
prejudiciais à sua saúde e da sua família", alertou.
Segundo Rahilda Tuma, na área mais
específica da alimentação, as dúvidas são muitas e todos acham que podem
orientar uns aos outros. "Correm atrás de um alimento ou uma receita
milagrosa para se proteger, e até ao extremo de afirmar que há alimentos
capazes de curar a Covid-19".
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