Crédito: Ricardo Amanajás / Ag.Pará |
Uma única doação de sangue pode ajudar a
salvar até quatro vidas, e como nunca, a Fundação Centro de Hemoterapia e
Hematologia do Pará (Hemopa) precisa manter abastecido o seu estoque, que
assiste mais de 200 hospitais em todo o Estado. Por isso, e baseado nos
protocolos de segurança que orientam a retomada das atividades, voltou a funcionar
nesta segunda-feira (10), o posto de coleta da Estação Cidadania, localizado no
shopping Pátio Belém, em Batista Campos, no centro de Belém. Nesta primeira
semana, o horário de funcionamento fica reduzido entre 13h e 17h, devendo ser
normalizado já na próxima, abrindo às 10h.
A assistente social do posto, Deyse
Botelho, explica que essa redução no expediente até a sexta-feira, dia 14, tem
a ver com a readaptação das equipes que atuarão junto aos doadores.
"Voltamos com toda a cautela e orientações necessárias para oferecer o
ambiente acolhedor ao qual as pessoas já estavam acostumadas", garante
ela.
Funcionária do posto do Departamento de
Trânsito do Estado do Pará (Detran) que também fica na Estação Cidadania, Hanna
Pompeu cumpriu seu dever de doadora frequente logo no primeiro dia. "Eu
doei em abril pela última vez, quando as coisas estavam bem difíceis por causa
da contaminação. Soube que ia voltar a funcionar aqui, fui logo doar. É uma
questão de ajudar o próximo, de saber que um dia eu, um parente ou um amigo
podem precisar", conscientiza ela, que há cinco anos mantém o hábito
solidário.
Hanna não pegou a Covid-19, e por isso
não teve quaisquer restrições no hemocentro. No entanto, a assistente social
avisa que quem foi contaminado deve esperar no mínimo 30 dias após o fim dos
sintomas para procurar o Hemopa. Quem apenas teve contato com alguém infectado,
mas não manifestou a doença, precisa esperar pelo menos duas semanas.
A assistente social confirma que o fato
de ser possível a coleta dentro de um shopping center ajuda na captação de mais
e novos doadores. Todo o processo dura entre 20 e 30 minutos a partir do início
do atendimento. Depois de um cadastro, o doador passa por uma triagem que
determina a aptidão ou não para o ato. Depois da coleta, é oferecido um lanche
para reposição de proteínas. "A pandemia reduziu nosso fluxo, nossos
estoques. É muito importante que os doadores saibam que estamos aqui, estamos
de volta, para que venham solidarizar conosco", convida Deyse.
Outra Hanna aproveitou para doar no
primeiro dia de retomada. Hanna Larissa também trabalha no shopping e nunca
tinha doado sangue. "A comodidade de ter uma unidade de coleta de sangue
mais próximo da gente possibilita a doação. E eu vim para ajudar. Não custa
nada ajudar quem precisa", destacou a recepcionista.
O autônomo Matheus Eduardo também ajudou
a repor os estoque nesta segunda-feira. "Eu vejo que é algo vital para a
sociedade; ajudando a gente pode construir um futuro melhor", justifica.