“Serei eternamente grato a você e a toda
equipe que me acompanharam. Estou em casa, me recuperando e a cada dia me sinto
melhor. Deu tudo certo, doutora”. Esse é o relato de um dos pacientes curados
da Covid-19 atendido pela equipe coordenada pela médica Evely Silva,
diretora-técnica que atuou na linha de frente no Hospital 9 de Abril, em
Juruti, no Oeste do Pará, em um dos períodos mais críticos da pandemia.
Na semana em que é comemorado o Dia
Nacional da Saúde, a profissional explica que no momento de uma pandemia em que
todos ficam vulneráveis, a relação com os pacientes vai além dos procedimentos
médicos. Passa, também, pelo carinho, cuidado e afeto.
“Foram momentos que vão marcar nossas
vidas. Cada alta médica era motivo de comemoração, pois entendíamos que era um
momento de renascimento para o paciente, diante de uma doença tão grave, séria,
difícil de ser controlada”, observa Dra. Evely.
Médicos intensivistas
No momento mais crítico da pandemia, o
Hospital 9 de Abril contou com o profissionalismo e a experiência de um grupo
de intensivistas que vieram a Juruti, contratados com apoio do Instituto Alcoa
e da Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, para cuidar
dos casos críticos. Nesse período, somaram esforços no combate à pandemia os
médicos intensivistas Fidel Leal, Márcio Alcino Zeuli e Bruno Belchior de
Oliveira, vindos de São Paulo; Guilherme Nastrini, de Belo Horizonte; e Renato
Mauro Vieira Souza, de Belém.
Fidel Leal veio de São Paulo para dar
suporte na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital 9 de Abril. “Recebi o
convite e não pensei duas vezes. Atendi o chamado para dar minha contribuição
nesse momento difícil”, conta o médico, que conheceu Juruti pela primeira vez,
vindo com a missão de cuidar dos pacientes mais graves no município.
Dr. Fidel revela que a receptividade da
equipe do hospital e da própria população foram importantes incentivos para a
fluidez no trabalho. “Eu me senti em casa desde o primeiro dia e isso ajudou
muito no tratamento e recuperação dos pacientes. Gostei muito de Juruti e
fiquei impressionado com a estrutura que eu encontrei no Hospital 9 de Abril”,
disse o médico, comparando as instalações a alguns dos melhores centros do
país. O médico já acompanhava as notícias sobre a evolução da doença no Pará e
em Juruti, e veio ao município com o próprio de exercer sua profissão com todo
o afinco e salvar o máximo de vidas.
O paulistano Bruno Belchior, que esteve
na linha de frente do Hospital de Campanha no Parque do Ibirapuera, em São
Paulo, trouxe sua experiência para Juruti, integrando-se à equipe do 9 de
Abril. Ele relata que a equipe multiprofissional da unidade de saúde foi
fundamental para o êxito nos atendimentos. “Nos primeiros dias passamos por
momentos difíceis com pacientes graves. Foi fundamental o suporte dos
profissionais que já estavam no hospital. Todos demonstrando empenho
incansável, aptos a atuar, discutir os casos e, principalmente, aprender”,
destaca Dr. Bruno.
O Hospital 9 de Abril, administrado pela
Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, conta com uma
competente equipe multiprofissional composta por profissionais de enfermagem,
fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros, que continuam assistindo à
população de Juruti.
Legado para Juruti
Dr. Bruno destaca que, além dos
atendimentos nas UTIs, os médicos intensivistas aproveitaram para realizar
treinamentos com a equipe sobre Parada Cardiorrespiratória e visita
multidisciplinar, onde todos os profissionais são envolvidos no cuidado de um
paciente crítico. “Tenho certeza que para a cidade de Juruti esse projeto vai
deixar um legado de profissionais mais qualificados para atender pacientes que
precisam de cuidados intensivos”, completa.
O cirurgião-geral Guilherme Nastrini,
vindo de Belo Horizonte, atua com medicina intensiva há mais de quatro anos,
também relata o orgulho do legado deixado em Juruti: “O que me deixa mais feliz
é saber que o trabalho continua, ao treinarmos toda uma equipe
multiprofissional. Criamos uma equipe concisa, forte e coerente para manter o
serviço de terapia intensiva”.
Hospital Municipal
O diretor do Hospital Municipal
Francisco Rodrigues Barros, Dr. Alan Torres, revela que no auge da pandemia os
profissionais foram colocados à prova, pois vidas dependiam da tomada de
decisões. A estrutura e equipamentos fizeram a diferença no tratamento dos
pacientes. “Durante os momentos mais difíceis dessa pandemia, percebi a
capacidade que a empresa teve em nos apoiar, demonstrando toda a sua
sensibilidade. Até mesmo antes da doença se estabelecer no Brasil, a Alcoa
começou a se organizar, preocupada com a saúde de seus funcionários e com a
comunidade. A empresa sempre procurava os profissionais de saúde pedindo
opinião sobre a melhor forma de ajudar, perguntando o que nós estávamos
precisando no município. A Alcoa vem sendo de extrema importância para todos em
Juruti”, argumenta.
Para o médico, nada se compara à alegria
de salvar e recuperar uma vida. “Esse foi a nossa maior vitória. Poder entregar
o amor da vida de alguém de volta a sua família”, conta emocionado.
Estrutura fortalecida
Em todo o Brasil, hospitais e unidades de
saúde enfrentaram o desafio de gerenciar a crise do novo Coronavírus pela falta
de insumos e, algumas vezes, medicamentos básicos. Em Juruti, a rede municipal
contou a empresa como uma de suas aliadas e os investimentos realizados pela
empresa ficarão como legado.
A empresa investiu mais de R$ 1,4 milhão
em ações diretas de combate à Covid-19. Desse total, cerca de R$ 756 mil foram
destinados para a compra de itens médicos, entre os quais: reanimadores
pulmonares, camas hospitalares, máscaras, macacões e outros equipamentos de
proteção individual, além de kits de testes para identificação da Covid-19.
Todos os itens foram doados ao Hospital Municipal Francisco Rodrigues Barros e
Hospital 9 de Abril. Além de itens médicos, o Instituto Alcoa realizou doação
de R$ 100 mil para a contratação de médicos intensivistas para atender
pacientes graves no período emergencial da pandemia.
“Além da aquisição de equipamentos, a
empresa viabilizou a manutenção do nosso aparelho de tomografia e garantiu
cilindros de oxigênio em momentos críticos de enfrentamento da Covid em Juruti.
Foram itens fundamentais para o diagnóstico e tratamento dos pacientes”,
ressalta a diretora-técnica do Hospital 9 de Abril”, relata Evely Silva.
Saúde é prioridade
Para o gerente-geral da empresa, Genesis
Costa, a Alcoa reforça seu valor Cuidar das Pessoas, bem antes da pandemia
global. “A empresa sempre manteve atenção especial à saúde no município de
Juruti. Até este ano, foram R$ 77,4 milhões alocados desde que a mineradora
começou suas operações no município, em 2009”, ressalta.
Em 10 anos de operações, a empresa
apoiou à estruturação do Hospital Municipal, Hospital 9 de Abril, Unidades
Mistas de Saúde de Juruti Velho e Tabatinga, e Unidades Básicas de Saúde em
diversos bairros de Juruti. Também estão nesta conta, a dedicação de verba para
a gestão do Hospital 9 de Abril, reconhecido pela rede de saúde do Estado do
Pará como unidade de referência para atendimentos de média complexidade pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) e que já realizou mais de 160 mil procedimentos.
Também foram dedicados R$ 400 mil em
doação ao Barco-Hospital Papa Francisco, que leva atendimentos em saúde para
700 comunidades ribeirinhas de municípios do Oeste do Pará. O Barco-Hospital é
administrado pela Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus.