As projeções do Sindicato de Hotéis,
Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará de que a taxa de ocupação dos
meios de hospedagens associados deve alcançar 25% da capacidade durante a
quadra nazarena estão mantidas. O mais recente levantamento feito pela
entidade, divulgado nesta terça-feira (6), confirma que o índice de reservas de
hospedagens confirmadas para o segundo final de semana de Outubro é o mais
baixo dos últimos anos. Em média, 10% do total de leitos disponíveis.
Ainda é cedo para fazer qualquer
afirmação, mas durante o mês de setembro, o SHRBS-PA observou uma tendência de
aumento de movimento no setor de alimentação fora do lar no Pará. Alguns
aspectos já começaram a ser observados e serão estudados pelo Sindicato de
Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará. Bares, lanchonetes,
restaurantes e quiosques localizados nas cidades que possuem praias e
balneários registraram um movimento expressivo durante o período. Normalmente o
faturamento nestas localidades é maior somente no feriado de 7 de setembro e
este ano se estendeu por todos os finais de semana do mês - o que levanta a
hipótese de que os paraenses passaram a viajar mais pelo próprio Estado.
O SHBRS-PA ainda não fechou dados
percentuais sobre esse aumento do movimento. Reuniões serão feitas com os
associados nas próximas semanas para levantar o real cenário. “Os constantes
engarrafamentos na saída e entrada de Belém aos finais de semana e a quantidade
de pessoas publicando fotos em redes sociais nos balneários paraenses nos
chamaram a atenção. Então começamos a procurar os associados para saber os
reflexos deste volume de pessoas pegando estrada”, observou Fernando Soares,
assessor jurídico da entidade sindical.
“Em reuniões preliminares, os
empresários que mantém estabelecimentos de alimentação fora do lar já
anteciparam que após meses de crise, setembro apresentou um movimento
satisfatório, porém longe do ideal para sair da crise”, antecipou. “Isto
precisa ser estudado com calma e a fundo. Pode ser que outubro não apresente o
mesmo comportamento e a gente não quer gerar expectativas equivocadas”,
acrescentou o assessor jurídico.
Apesar do movimento em bares e
restaurantes, os meios de hospedagem associados não apresentaram um índice de
ocupação que aponte para a possibilidade de melhorias no setor. A hipótese é de
que as famílias que estão passando o fim de semana no interior estão se
hospedando nas casas de familiares e amigos. “O que não é recomendável. Ainda
estamos enfrentando uma pandemia e ao receber alguém em casa e ir para a casa de
alguém é colocar várias pessoas ao risco de contágio pelo coronavírus”, disse
Fernando.
A princípio alguns fatores podem ter
influenciado neste, então, incremento do movimento. O primeiro deles é o medo e
as restrições para viajar para fora do Estado. Outro é o fato de que pessoas
que se mantiveram em isolamento social começaram a sair e aproveitar os
balneários em períodos que não há aglomerações de pessoas. A criação de perfis
em redes sociais que ajudam a divulgar as belezas dos municípios paraenses e também
motivam as pessoas a viajarem mais pelas cidades próximas.
Expectativas para réveillon
Com o anúncio de cancelamentos de
eventos de fim de ano em várias cidades brasileiras, a procura por hospedagens
já cresceu entre os meios de hospedagens associados. Para se ter ideia, no
Pará, o índice de reservas nas localidades com praias e balneários já alcança,
em média, 65% dos leitos disponíveis. Em alguns lugares, como a ilha de
Algodoal, Alter do Chão e Ajuruteua (Bragança), há empreendimentos que já esgotaram
as reservas para o fim de ano.
Em Salinópolis, um dos destinos mais
procurados, os meios de hospedagem concorrem com o aluguel de casas de
veraneio, mesmo assim as negociações de pacotes e promoções seguem a todo
vapor.
O período é de negociação para descontos
e pesquisas por pacotes para a família toda.