Hotéis têm baixa procura para o Círio

 

As projeções do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará de que a taxa de ocupação dos meios de hospedagens associados deve alcançar 25% da capacidade durante a quadra nazarena estão mantidas. O mais recente levantamento feito pela entidade, divulgado nesta terça-feira (6), confirma que o índice de reservas de hospedagens confirmadas para o segundo final de semana de Outubro é o mais baixo dos últimos anos. Em média, 10% do total de leitos disponíveis.

 A ocupação de 25% leva em consideração a soma das hospedagens ao longo dos 15 dias da festividade nazarena, mas isto ainda depende da confirmação (pagamento parcial ou integral das reservas) dos turistas que pretendem vir à capital no período. Negociações estão em andamento entre os empreendimentos e clientes.

 No geral, o período de hospedagem para este ano será de somente dois dias - enquanto que em anos anteriores a média era de 5 dias. Ou seja, quem vier à Belém será somente para pagar promessa e fazer passeios curtos.

 Bares e restaurantes: Antes de apresentar o levantamento sobre o movimento do setor de alimentação fora do lar, o SHRBS-PA informa que a prefeitura de Belém estendeu em mais uma hora o horário de funcionamento de bares e restaurantes na capital, permitindo que fiquem aberto até às 2h. Os estabelecimentos continuam trabalhando com a capacidade reduzida a 70%; bem como casas de show e boates ainda continuam proibidas de abrir. Outra mudança estabelecida no decreto publicado no Diário Oficial de Município, no último dia 2, é quanto às apresentações artísticas: O número de músicos permitidos no palco subiu para 6 integrantes, antes era somente de 3 artistas no palco.

 Os estabelecimentos de alimentação fora do lar devem funcionar com a lotação máxima de 70% da capacidade durante os dias de festividade. Apesar da “casa cheia” o setor ainda não fala em melhorias ou crescimento do faturamento, devido ao limite de pessoas. Além disso, ainda pesa nas contas do estabelecimentos a tarifa da conta de energia elétrica (que está mais cara) e o aumento do preço dos alimentos.

 Ainda não se fala em contratação de mão de obra temporária para este mês de outubro. As empresas que fizerem isso será por negociações diretas com trabalhadores e o pagamento por diárias.

 Setembro: Alimentação fora do lar indica tendência de melhoria

Ainda é cedo para fazer qualquer afirmação, mas durante o mês de setembro, o SHRBS-PA observou uma tendência de aumento de movimento no setor de alimentação fora do lar no Pará. Alguns aspectos já começaram a ser observados e serão estudados pelo Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará. Bares, lanchonetes, restaurantes e quiosques localizados nas cidades que possuem praias e balneários registraram um movimento expressivo durante o período. Normalmente o faturamento nestas localidades é maior somente no feriado de 7 de setembro e este ano se estendeu por todos os finais de semana do mês - o que levanta a hipótese de que os paraenses passaram a viajar mais pelo próprio Estado.

O SHBRS-PA ainda não fechou dados percentuais sobre esse aumento do movimento. Reuniões serão feitas com os associados nas próximas semanas para levantar o real cenário. “Os constantes engarrafamentos na saída e entrada de Belém aos finais de semana e a quantidade de pessoas publicando fotos em redes sociais nos balneários paraenses nos chamaram a atenção. Então começamos a procurar os associados para saber os reflexos deste volume de pessoas pegando estrada”, observou Fernando Soares, assessor jurídico da entidade sindical.

“Em reuniões preliminares, os empresários que mantém estabelecimentos de alimentação fora do lar já anteciparam que após meses de crise, setembro apresentou um movimento satisfatório, porém longe do ideal para sair da crise”, antecipou. “Isto precisa ser estudado com calma e a fundo. Pode ser que outubro não apresente o mesmo comportamento e a gente não quer gerar expectativas equivocadas”, acrescentou o assessor jurídico.

Apesar do movimento em bares e restaurantes, os meios de hospedagem associados não apresentaram um índice de ocupação que aponte para a possibilidade de melhorias no setor. A hipótese é de que as famílias que estão passando o fim de semana no interior estão se hospedando nas casas de familiares e amigos. “O que não é recomendável. Ainda estamos enfrentando uma pandemia e ao receber alguém em casa e ir para a casa de alguém é colocar várias pessoas ao risco de contágio pelo coronavírus”, disse Fernando.

A princípio alguns fatores podem ter influenciado neste, então, incremento do movimento. O primeiro deles é o medo e as restrições para viajar para fora do Estado. Outro é o fato de que pessoas que se mantiveram em isolamento social começaram a sair e aproveitar os balneários em períodos que não há aglomerações de pessoas. A criação de perfis em redes sociais que ajudam a divulgar as belezas dos municípios paraenses e também motivam as pessoas a viajarem mais pelas cidades próximas.

Expectativas para réveillon

Com o anúncio de cancelamentos de eventos de fim de ano em várias cidades brasileiras, a procura por hospedagens já cresceu entre os meios de hospedagens associados. Para se ter ideia, no Pará, o índice de reservas nas localidades com praias e balneários já alcança, em média, 65% dos leitos disponíveis. Em alguns lugares, como a ilha de Algodoal, Alter do Chão e Ajuruteua (Bragança), há empreendimentos que já esgotaram as reservas para o fim de ano.

Em Salinópolis, um dos destinos mais procurados, os meios de hospedagem concorrem com o aluguel de casas de veraneio, mesmo assim as negociações de pacotes e promoções seguem a todo vapor.

O período é de negociação para descontos e pesquisas por pacotes para a família toda.


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