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Karen Gatti Gerente de Comunicação da MRN
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Para desmitificar as questões referentes
ao setor mineral, discutir problemas em comum e buscar a harmonização de pontos
de vista, a Brasil Mineral, revista dedicada há 37 anos ao segmento, reúne
diversos públicos de interesse no seminário Mineração &X Comunidades, que
será realizado a partir desta quarta-feira (07/10), em formato 100% online.
Para acompanhar o evento, basta fazer a inscrição neste link.
Sérgio de Oliveira, diretor da Brasil
Mineral, destaca que a pandemia exigiu de todos, incluindo dos veículos
especializados em mineração, uma reformulação completa dos eventos. “Este ano,
o nosso Mineração &X Comunidades será feito remotamente durante o mês de
outubro, sempre às quartas-feiras (7, 14, 21 e 28), das 14h às 18h. Apesar de
ser a primeira vez que fazemos esse evento totalmente virtual, acreditamos que
a partir da programação que conseguimos montar, haverá grande interesse não só
entre as mineradoras brasileiras, mas também em outros setores da sociedade que
acompanham o tema”, avalia.
O evento seguirá com painéis temáticos,
contando com a participação de mineradoras, representantes das comunidades,
ONGS e várias instituições. A Mineração Rio do Norte (MRN), maior produtora de
bauxita do Brasil sediada no distrito de Porto Trombetas, no município de
Oriximiná (PA), participará nesta terça-feira do painel “O novo normal – como
será a relação entre as empresas e sociedade após a pandemia”.
Karen Gatti, gerente de Comunicação da
MRN, representará a empresa no debate. Ela alerta que é preciso tomar cuidado
com o uso corriqueiro da expressão “novo normal”, pois sem perceber este
simples termo pode está impondo às pessoas uma nova rotina. Para ela, é
necessário que todos aprendam a lidar de maneira mais inteligente com a
pandemia. “Para isso, somos nós que
temos que exercitar novos hábitos, que deveriam já ser parte a muito tempo da
nossa vida, como higienizar as compras do supermercado antes de guardá-las em
nossa dispensa e ter sempre a preocupação de higienizar bastante as mãos antes
de tocar no rosto, dentre outros. Eu não acho que é um novo normal, mas uma
realidade que se apresenta e, assim como vários desafios que a humanidade já
teve ao longo da história e superou, conseguiremos nos adaptar e evoluir diante
desse cenário”, analisa.
Para a gestora, a mineração foi um dos
setores que enfrentou com mais tenacidade a pandemia da covid-19, tanto
internamente, garantindo sua produção e se mantendo como um serviço essencial à
sociedade, como auxiliando as comunidades vizinhas na prevenção e no apoio
humanitário. “E para a MRN, este momento foi e é de grande aprendizado,
principalmente, por estarmos localizados em uma área remota, em plena região
amazônica, onde nossas estradas são os rios e com isso os desafios logísticos
são imensos. Criamos uma força-tarefa buscando soluções que fossem viáveis
tanto para os moradores quanto para as comunidades. Assim nasceu o Grupo Pela
Vida no Trombetas. A partir dele, construímos um canal de relacionamento muito
mais próximo com essas comunidades, atendendo e escutando quais eram as
necessidades reais delas. Isso é uma conquista e espero que esse canal de
relacionamento se perpetue”, afirma.
O grupo “Pela Vida no Trombetas” foi
criado em 26 de março, com o objetivo de elaborar material informativo de
prevenção ao Covid-19, voltado aos povos e comunidades tradicionais do
município de Oriximiná e região, além de verificar medidas preventivas para
proteger as populações rurais, quilombolas, ribeirinhas e indígenas da região.
O Grupo é composto por representantes do Ministério Público do Estado do Pará
(MPPA), Ministério Público Federal (MPF), Universidade Federal Fluminense
(UFF), associações quilombolas, ribeirinhas e indígenas, Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do índio (Funai), Secretaria Especial de Saúde
Indígena (Sesai), Mineração Rio do Norte (MRN) e Projeto Quilombo.
Alinhada com as políticas preventivas
propostas pelo grupo “Pela Vida no Trombetas”, a Mineração Rio do Norte já
investiu mais de R$ 8 milhões na compra de respiradores, Equipamentos de
Proteção Individual, testes rápidos, materiais de limpeza para os hospitais de
Oriximiná, Terra Santa, Faro e Óbidos, além da distribuição de mais 8 mil
cestas básicas para garantir a segurança alimentar e incentivar o isolamento
social de 27 comunidades quilombolas, ribeirinhas e indígenas.