Novos agentes de
crédito começam em fevereiro a trabalhar o desenvolvimento da região que tem
quase nenhum acesso às linhas de crédito, além de investir em produtores cujo
objetivo é extrair de forma sustentável os recursos que a floresta oferece. É
com esse mote que 68 novos agentes de microcrédito que 68 novos agentes vão
trabalhar onde nenhum banco chegou até agora e atender mais de 4 mil famílias
este ano.
O acordo firmado entre
o Banco da Amazônia e o Instituto Conexsus traz a possibilidade do crédito
chegar em lugares antes de difícil acesso. O objetivo é levar mais de R$30
milhões de reais para as comunidades ribeirinhas, quilombolas e das ilhas da
região até o final de 2021.
“Para o BASA manter
essa parceria com o Instituto e ter esses micro agentes de crédito é importante
para o desenvolvimento de forma sustentável da nossa região, fazendo com que o
dinheiro chegue a todo mundo, sem distinção da geografia onde eles vivem”,
completou o gerente executivo de Pessoa Física, Luiz Lourenço.
Para Amanda Paiva, umas
das 68 agentes de microcrédito, acredita que o trabalho pode impulsionar
um processo de desenvolvimento realmente sustentável, tanto do ponto de vista
econômico como ambiental. “Vamos trabalhar junto às famílias, uma via de mão
dupla de informações e conhecimentos a serem aplicados e replicados para saúde
e bem estar da propriedade e da família”, complementa a nova agente de
microcrédito.
Os agentes serão ativadores
de negócios sustentáveis que tem como objetivo impulsionar a autonomia
financeira das famílias atendidas. Além disso, os agentes irão mapear, orientar
e acompanhar famílias no recebimento de crédito rural via o programa do BASA, o
Pronaf, auxiliando na gestão não só do crédito em si, mas do empreendimento
rural. Cada ativador cuidará de um território específico, no caso da Amanda
Paiva, ela atenderá famílias cooperadas não Sementes do Marajó, uma cooperativa
agroextrativista do município de Curralinho, no arquipélago do Marajó.
A Diretora do Instituto
Conexsus, Carina Pimenta, vê o modelo de microcrédito como inovador porque
aproxima as organizações econômicas socioambientais, as unidades familiares de
produção, e aos técnicos das localidades. “Vamos ampliar o número de unidades
de produção que praticam o extrativismo sustentável com apoio de técnicos,
educação financeira e crédito rural oportuno, adequado e suficiente”,
complementa a diretora.