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Foto: Ascom |
Diante do avanço da Covid-19, o Hospital
Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) e o Hospital de Campanha do
Hangar implantaram o projeto “Vidas Que Importam”, com o intuito de promover
acolhimento e prestar assistência em saúde aos colaboradores das unidades.
O acolhimento prestado aos colaboradores
com sintomas iniciais da doença, também pretende contemplar medidas voltadas ao
bem-estar psicológico e emocional dos profissionais. A ação faz parte dos
esforços da Pró-Saúde, entidade filantrópica gestora do HMUE e do Hospital de
Campanha, por meio de contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde
Pública (Sespa).
“Entendemos que esse é um momento de
fragilidade, de cansaço e principalmente de muito medo. O projeto trabalha
justamente nisso, em amenizar esses sintomas da pandemia, trazendo mais
conforto e confiança nesses colaboradores”, explica Alba Muniz, diretora
Hospitalar.
Ainda para a diretora, "os
profissionais atendem a população, mas eles precisam de alguém que cuide deles.
Isso causa uma sensação de tranquilidade nos profissionais ao saber que possuem
um local onde buscar atendimento, caso precise”, completou.
Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), mais de 55% dos profissionais da saúde foram infectados pelo novo
coronavírus. Os dados são de novembro de 2020.
Josiete Nazaré Corrêa, de 50 anos, é
técnica de Enfermagem e viu de perto alguns amigos perderem a vida para a
Covid-19. “Foram momentos duros, principalmente pelo medo”, lamentou.
A profissional, que atua no HMUE, em
Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, chegou a atuar durante três meses na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), montada para atender pacientes com a
doença.
“Cuidei de vários pacientes. Muitos
tiveram alta e outros não resistiram. Nós vamos sempre estar aqui para cuidar
de quem precisa, mas não vemos a população cuidar da gente com atitudes
simples, como usar a máscara”, enfatizou.
Como funciona o projeto
No Metropolitano, foi montado um espaço
com enfermeiros e médicos que promovem o atendimento presencial e a distância.
Na unidade também é possível realizar exames laboratoriais e tomografia.
Um dos colaboradores atendidos foi o
técnico de Enfermagem, Everaldo Moreira. “Estamos vendo unidades de saúde
lotadas e sem leitos. Quando comecei a ter sintomas me deu um medo e não sabia
para onde ir. Foi aí que descobri o ‘Vidas Que Importam’”.
O colaborador entra em contato por meio
do aplicativo de mensagem para o número do projeto. O atendimento é iniciado à
distância e em seguida o profissional é orientado a ir de forma presencial no
Hospital Metropolitano para atendimentos mais específicos.
Yoná Monteiro é assistente
administrativa do Hospital Metropolitano e precisou acionar o projeto após ter
sintomas do novo coronavírus. “Fiquei indisposta, com dores no corpo e falta de
ar. Quando entrei em contato com o projeto fui muito bem acolhida”, diz.
De acordo com a diretora técnica do
hospital, Renata Alves, “a rotina não é fácil e a pandemia não tem data para
acabar. Por isso os colaboradores precisam se sentir seguros em saber que se
precisarem, vão ter o atendimento caso apresente sintomas característicos da
Covid-19”, reforçou.
Humanização
Ações como a do projeto “Vidas Que
Importam” fazem parte do trabalho da Pró-Saúde, que tem como visão a promoção
da qualidade, humanização e sustentabilidade, principalmente no enfrentamento
da pandemia.
A humanização do Hospital Metropolitano,
por exemplo, é uma importante ferramenta para o atendimento não só dos
pacientes e familiares, mas também no acolhimento de colaboradores.
De acordo com a coordenadora de
Humanização, Natália Failache, essa cobertura humanizada, que engloba todos os
públicos, dentro e fora da unidade, é fundamental para propagar experiências de
boas práticas, além de ajudar a gestão nos objetivos e metas frente à pandemia.
“Com o cenário da pandemia e sempre
atrelado ao planejamento da nossa diretoria hospitalar, utilizamos vários
dispositivos para amenizar as consequências da atual doença pandêmica, sempre
com o intuito de suprir a necessidade dos nossos colaboradores”, relata.