Representantes do setor aéreo pediram a
aprovação, pelo Congresso Nacional, da Medida Provisória 1024/20, que prorroga
até outubro de 2021 as regras para o reembolso de voos cancelados pelas
empresas aéreas e para os casos de desistência do consumidor. A demanda foi
apresentada em audiência pública na Comissão de Viação de Transportes da Câmara
dos Deputados, nesta sexta-feira (23), sobre os impactos da pandemia no
transporte aéreo.
Sanovicz listou outros temas essenciais
na agenda emergencial da crise para 2021: a permissão do saque do FGTS para
aeronautas e aeroviários; a reedição, pelo governo, da MP do Bem (apelido da MP
255/05, transformada na Lei 11.196/05, que deu incentivos fiscais para empresas
exportadoras e de tecnologia); a implantação do Imposto de Renda sobre leasing
de aeronaves, do programa de regularização tributária e do diferimento no
pagamento de tributos federais – temas que estão em análise no Ministério da
Economia.
Diretor da Associação Internacional de
Transportes Aéreos (Iata) no Brasil, Dany de Oliveira apresentou as mesmas
demandas e mais a implantação de certificado digital internacional de vacinas,
para viabilizar a reabertura de fronteiras. “Quanto mais rápido os brasileiros
forem vacinados, mais rápida será a recuperação do setor”, salientou. Com a
ampliação da vacinação da população, o secretário nacional da Aviação Civil,
Ronei Glanzmann, garantiu que essa discussão será promovida.
O deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), que pediu a audiência, ressaltou que a pandemia trouxe sérios prejuízos financeiros para o setor e para a mobilidade dos usuários, com a redução no número de voos ofertados.
De acordo com a Abear, no mercado doméstico houve queda de 57% da demanda, e no mercado internacional, de 93%. Eduardo Sanovicz estimou a perda de receita do setor em 77%, comparando o terceiro trimestre de 2019 e o terceiro trimestre de 2020. Ele observou ainda que, enquanto isso, o câmbio subiu 35%, impactando o setor.
Sanovicz considera insuficientes as
medidas econômicas implementadas pelo governo para socorrer o setor, faltando
por exemplo, linha de crédito para as empresas.