Crédito: Alex Ribeiro / Ag.Para |
A coordenadora da pós-graduação, Letícia Silva, que é musicoterapeuta no Centro de Integração e Inclusão de Reabilitação (CIIR), atuando no Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), explica que a musicoterapia é uma atividade que utiliza a música e seus elementos - som, ritmo, melodia e harmonia - para tratar necessidades físicas, emocionais, cognitivas e sociais de pessoas de todas as idades.
A meta é a busca pelo desenvolvimento de potencialidades e/ou restaurar funções do indivíduo, para que esta pessoa alcance melhor integração intra e/ou interpessoal, melhorando a qualidade de vida pela prevenção, reabilitação ou tratamento. "O principal objetivo do musicoterapeuta é engajar o paciente em experiências músico-sonoras, e a partir das relações que emergem delas produzir mudanças", resume Letícia Silva.
Ela afirma que, sabendo utilizar a
música, é possível proporcionar benefícios na autoestima e no bem-estar do
paciente, melhorando a qualidade de vida em casa e nas rotinas fora do ambiente
doméstico, além de possibilitar o conhecimento sonoro.
A musicoterapia vem sendo usada, inclusive, pelos profissionais de saúde do Hospital de Campanha de Belém, no Hangar, para combater o estresse e a ansiedade de pacientes em tratamento contra a Covid-19, bem como no atendimento a pessoas com Síndrome de Down, no CIIR, e no projeto terapêutico realizado pelo Hospital Público Estadual Galileu (HPEG).
Lacuna - A ação mais recente do governo do Estado para incentivar o uso da musicoterapia é a abertura da primeira turma de pós-graduação lato sensu em Musicoterapia da FCG, ofertada pelo Instituto Estadual Carlos Gomes (IECC). Joel Costa, diretor do Instituto, diz que as expectativas são as melhores. "Nós tivemos todo cuidado, desde a elaboração da matriz curricular até a escolha de docentes qualificados. Vamos ofertar à comunidade acadêmica um curso com os melhores professores do mercado. Também é uma expectativa boa porque o curso vem preencher uma lacuna de formação em instituição de ensino público na área. Estamos esperando boa receptividade ao curso e aguardando animados o início das aulas", informa.
O diretor também ressalta a importância de ter a formação em Musicoterapia para que, de acordo com as diretrizes da União Brasileira das Associações de Musicoterapia, o profissional possa atuar nas áreas da saúde, educação e assistência social. "É um mercado de trabalho que está em expansão pelas demandas que a sociedade contemporânea nos impõe", acrescenta.
De acordo com o edital do certame, as
aulas devem ocorrer em um final de semana do mês, havendo possibilidade,
dependendo do andamento das aulas e entendimento entre professores e alunos, da
oferta de aulas também às sextas-feiras. "Provavelmente será ministrada
uma disciplina, ou duas, por mês", adianta Letícia Silva.
Serviço: O curso de Pós-Graduação em
Musicoterapia da FCG está com as inscrições abertas até o dia 30 de julho. Mais
informações no site http://www.fcg.pa.gov.br/ e pelo email
coordenacao.musicoterapia@fundacaocarlosgomes.com