Estudo feito pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) mostra que o risco de óbito por Covid-19 de um paciente com câncer é de 26%, contra 2 a 3% da população em geral. O motivo desse risco aumentado é que muitos pacientes oncológicos têm baixa imunidade e, justamente por isso, não é apenas a vacina contra a Covid que é muito importante para esse público. De acordo com as estimativas do INCA, 600 mil novos casos e de câncer são registrados anualmente no Brasil e essas pessoas precisam tomar todas as vacinas disponíveis e indicadas para elas.
Por essa razão, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), acaba de lançar o Guia de Vacinação no Paciente Oncológico. A publicação, coordenada pelo oncologista do Centro de Tratamento Oncológico, Sandro Cavallero, que também é diretor da SBOC, reúne os cuidados especiais que devem ser tomados para imunizar pessoas com câncer contra diversas doenças, com informações sobre vacinas recomendadas e contraindicadas durante o tratamento oncológico.
Para a elaboração do guia foram
consultados 33 estudos e trabalhos científicos nacionais e internacionais, além
de publicações oficiais do Ministério da Saúde, INCA e organizações médicas.
A vacinação de pessoas próximas ao
paciente oncológico também é recomendada, pois minimiza o risco de transmissão
de doenças infecciosas, em especial nas situações em que a imunodepressão
contraindica ou reduz a eficácia de algumas vacinas nos pacientes. Isso vale
para quem convive no mesmo domicílio, cuidadores, profissionais da educação e
da saúde. Todos devem manter o calendário vacinal atualizado.
Os pacientes oncológicos que possuem
cobertura vacinal nas diversas doenças que podem ser prevenidas com imunizantes
têm um risco de óbito 58% menor.
Idealmente, vacinas devem ser aplicadas
quatro semanas antes (ou, no mínimo, 15 dias, se o prazo maior for inviável) do
início do tratamento imunossupressor. Se não aplicadas antes, devem ser
aplicadas pelo menos três meses depois do término da quimioterapia, desde que o
câncer esteja em remissão E que o paciente não esteja com grave imunocomprometimento.
BCG
Pólio oral (VOP)
Varicela
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
Tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela)
Febre Amarela
Herpes-zóster
Vacinas Inativadas:
Influenza - Hepatite A
Difteria
Tétano
Pólio inativada (VIP)
HPV
Pneumocócica Polissacarídica 23 valente (VPP23)
Meningocócicas Conjugadas C ou ACWY
Meningocócica B