A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa),
divulgou nesta quinta-feira (1º), um Alerta Sanitário sobre Férias Escolares,
chamando a atenção da população para que não deixe de lado as medidas
preventivas contra a Covid-19, nos momentos de lazer e descontração, durante o
mês de julho.
O Alerta foi elaborado pelo Departamento
de Vigilância Sanitária (Visa Estadual), porque apesar de os principais
indicadores da Covid-19 estarem registrando queda ou tendência de estabilidade,
a doença ainda está em situação de transmissão comunitária e continua
representando risco para a população.
Segundo a diretora da Visa Estadual,
Milvea Carneiro, as férias de julho são sempre muito aguardadas porque as
famílias costumam se reunir e viajar, principalmente, para municípios com
praias e balneários, para aproveitar o período de muito sol em várias regiões.
"Esse costume, no entanto, pode se tornar causas futuras de agravamento da
pandemia de Covid-19, devido a possíveis aglomerações", alertou.
O Painel de Monitoramento da Covid-19,
aponta que o Pará notificou até esta quinta-feira (1º), 555.831 casos da doença
com 15.541 óbitos. Novos casos e mortes vem sendo registrados diariamente.
"Vamos fazer a nossa parte mantendo a vigilância epidemiológica e a
assistência aos pacientes, mas é fundamental que a população colabore, para
evitar que os números de casos de Covid-19, voltem a aumentar no nosso
estado", pediu o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho.
Conforme o Alerta, como a pandemia de
Covid-19 ainda não acabou, o uso obrigatório de máscara de proteção,
higienização das mãos com álcool em gel 70% e distanciamento social, continuam
sendo medidas preventivas que devem ser tomadas no dia a dia das férias.
"A máscara tem que cobrir o nariz, a boca e o queixo, ficando bem ajustada
ao rosto, e seu uso continua obrigatório nos estabelecimentos públicos e
privados e em vias públicas", afirmou Milvea Carneiro. "É importante
evitar locais fechados para não ocorrer aglomeração de pessoas",
acrescentou.
Apesar de parte da população estar
vacinada, ainda permanece o risco de contágio e reinfecção, uma vez que estão
em circulação novas variantes do vírus SARS-CoV-2, como a Delta, que surgiu na
Índia. "A população não pode abandonar o uso da máscara porque, mesmo as
pessoas que já foram vacinadas, ainda têm a possibilidade de contrair e
transmitir a Covid-19", enfatizou Milvea Carneiro.
Ela informou, ainda, que já há registro
da nova variante Delta nos estados do Maranhão, Goiás, Minas Gerais, Rio de
Janeiro e Paraná, inclusive com registros de óbitos. "Por isso, alertamos
a população, vacinada ou não, que continue se protegendo da Covid-19, evitando
viagens para municípios, estados e países com incidência elevada da doença e
para áreas onde há ocorrência de variante com maior gravidade e maior potencial
de infectividade", justificou.
Outro aspecto destacado no Alerta é a
necessidade de a pessoa manter isolamento domiciliar, caso esteja com sintomas
relacionados à doença, tenha diagnóstico confirmado, esteja no período mínimo
de 10 dias, desde os primeiros sintomas (mesmo que não tenha feito um teste de
diagnóstico); esteja aguardando o resultado de um teste de Covid-19; ou se
manteve contato com alguém que teve a doença nos últimos 10 dias. "Nesses
casos, não se deve convidar pessoas para nossa casa, não devemos fazer visitas
e nem nos hospedar na casa de amigos", orientou Milvea Carneiro.
De acordo com o Alerta, o ideal, neste
mês de julho, é ficar em casa, que é a forma mais segura de aproveitar o
descanso escolar, apenas com as pessoas do convívio familiar. Mas como muitas
famílias, com certeza, vão viajar, o conselho é que escolham locais menos
movimentados, evitem aglomeração em transportes coletivos e observem se os
locais de hospedagens escolhidos estão cumprindo todos os protocolos sanitários
necessários.