Hospital Metropolitano promove encontro sobre prevenção ao suicídio

 


 O mês de setembro é dedicado à prevenção ao suicídio. Nesta semana, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, preparou uma programação visando mobilizar os colaboradores, pacientes e acompanhantes para conscientização sobre o assunto.

 Com o tema “Setembro Amarelo – Mês de Valorização À Vida!”, a ideia é reunir todos em prol do bem maior, que é viver. Os médicos e psicólogos vão abordar assuntos envolvendo os sinais da ideação suicida, além de informar como ajudar e buscar apoio psicológico. 

As palestras foram organizadas pela equipe de psicossocial do HMUE e serão realizadas entre os dias 15 e 17 de setembro, de manhã e à tarde. De acordo com a coordenadora do setor, Jucielem Farias, esse tipo de assunto deve ser mais debatido no meio das pessoas. 

“Nosso principal objetivo é ampliar a discussão sobre a prevenção do suicídio e sensibilizar as pessoas para falar sobre o assunto, porque quanto mais esse tema circular, mais as pessoas que precisam de ajuda vão conseguir acessar os serviços de apoio”, informou a profissional.

De acordo com a psicóloga Jéssica Leonardo, a depressão ainda é um assunto que envolve muito preconceito. "Quando falamos de depressão, por exemplo, é um assunto que ainda é um grande tabu no meio da população. O que essas pessoas não entendem é que geralmente, a depressão vem acompanhada com o suicídio”, disse.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

A situação se agravou ainda mais durante a pandemia da Covid-19, principalmente entre os jovens. Ainda de acordo com a OMS, 39% das pessoas entre 18 e 24 anos estão com saúde mental ruim por conta desse momento pandêmico.

Atenção para os sinais 

A psicóloga Jéssica Leonardo faz um alerta para os possíveis sinais da depressão e que pode levar a pessoa ao suicídio. São eles:

• Sem autocuidado, desânimo, falta de apetite e isolamento;

• Automutilação;

• Mudanças repentinas de comportamento;

• Expressões de ideias e intenções suicidas ficam frequentes como, “vou desaparecer”, “queria dormir e não acordar mais”;

 • Oscilação de humor; 

• Sono excessivo ou insônia;

 • Insinua cansaço com a própria vida, não faz planos e perde o interesse em atividades que gostava. 

A psicóloga ressalta que ao perceber um desses sintomas, basta ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV). “Os voluntários do CVV doam seu tempo e sua atenção para quem deseja conversar com outra pessoa de forma anônima e sigilosa. Esse canal tem ajudado muitas pessoas com problemas de depressão”, concluiu.

O número do CVV é: 188.