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Foto: Paula Sampaio |
Setembro Verde é um movimento que foi
criado para alertar e conscientizar a população sobre a prevenção do câncer
colorretal (ou câncer de intestino). Excetuando o câncer de pele não melanoma,
o colorretal é o segundo tipo de tumor mais frequente entre homens e mulheres
no Brasil, atrás apenas dos de mama e próstata.
Com a pandemia da Covid-19, quando muitas pessoas deixaram de fazer exames preventivos e interromperam processos de diagnóstico, esse índice tende a aumentar e a demora na descoberta pode agravar a doença e dificultar o tratamento e a cura.
Fatores de risco - A incidência de câncer colorretal está ligada ao estilo de vida, especialmente aos hábitos alimentares. "Ter mais de 50 anos, ser sedentário, obeso e se alimentar mal são características comuns de quem está no grupo de risco para desenvolver câncer colorretal. Entre os hábitos que podem influenciar no surgimento da doença estão dieta rica em carne vermelha e alimentos processados, tabagismo e consumo excessivo de álcool", enumera a oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico.
Histórico de diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn) são fatores que podem aumentar o risco de aparecimento do câncer de cólon e reto também.
Prevenção - Segundo a oncologista Paula Sampaio, "o câncer de intestino é um dos tipos de tumor considerados preveníveis. Abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos". A médica explica que grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso (após os 50 anos de idade, a chance de ter pólipos gira entre 18 e 36%).
Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores é a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos. Eles podem ser detectados precocemente através de dois exames principais: pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias.
Os exames devem ser realizados em
pessoas com sinais e sintomas sugestivos de câncer colorretal, visando o
diagnóstico precoce, ou naquelas sem sinais e sintomas (rastreamento)
pertencentes a grupos de maior risco.
Entre os sintomas mais comuns da doença
está a alteração do hábito intestinal. Por exemplo: cólica, sangramento durante
a defecação, afilamento das fezes, perda de peso e anemia. Entretanto, o
paciente também pode não apresentar sintoma nenhum, por isso o check-up é
essencial e as chances de cura estão intimamente ligadas ao estágio da doença.
Quanto mais precoce o estágio, maior será a chance de cura.