Outubro Rosa: câncer de mama supera o de pulmão e é o mais incidente no mundo

 

O câncer de mama superou o de pulmão e já é o mais comum no mundo todo, segundo a Agência Internacional para a Investigação do Câncer da OMS. 

São mais de 2,2 milhões casos de câncer de mama diagnosticados anualmente. 11,7% de todos os casos de câncer. Segundo a OMS, o câncer de pulmão responde por 11,4% de todos os casos.Passou a ser o segundo mais incidente no mundo.

 Neste Outubro Rosa 2021, mês dedicado à conscientização e à prevenção do câncer de mama, falar sobre prevenção primária (ações para reduzir os fatores de risco) e detecção precoce da doença é importantíssimo. 

O tema escolhido pelo Inca este ano é “Eu cuido da minha saúde todos os dias. E você?”. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)também reforça as ações preventivas, com o movimento “Quanto antes, melhor”. A ideia é chamar a atenção das mulheres para a adoção de um estilo de vida saudável, com a prática de atividades físicas e boa alimentação para evitar várias doenças. Entre elas, o câncer de mama.

 O Outubro Rosa reforça três pilares estratégicos no controle da doença: prevenção primária (como reduzir o risco de ter câncer de mama), diagnóstico precoce (divulgar sinais e sintomas da doença e incentivar a mulher a observar o próprio corpo) e mamografia (informar que para mulheres a partir de 40 anos é recomendada a realização de uma mamografia de rastreamento anual).

 Segundo Fábio Botelho, mastologista do Centro de Tratamento Oncológico e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia- Regional Pará, a preocupação é com a interrupção do rastreamento e exames de rotina, que são imprescindíveis para o diagnóstico precoce. “Deixar de fazer o rastreamento pode resultar em um diagnóstico tardio, com o tumor avançado e menor chance de tratamento efetivo”, explica o médico. 

Ele ressalta ainda que o fato de não ter a doença diagnosticada não significa que a pessoa não precisa fazer o rastreamento. O médico explica que é imprescindível que a mulher, principalmente as de 40 anos de idade em diante, realize anualmente a mamografia, exame mais eficaz para o diagnóstico precoce. “Temos que adotar o conceito de saúde preventiva. Muitas mulheres não fazem com medo de achar algo, mas é importante entender que quem acha cedo tem grandes chances de cura. Um diagnóstico precoce pode representar chances de cura de mais de 95%”, destaca.

 O especialista lembra que o câncer de mama, como qualquer outro, não espera. Interromper o tratamento também pode acarretar grandes prejuízos. “A pandemia gerou uma sensação de insegurança e muitas mulheres deixaram de ir ao consultório e fazer seus exames de rotina por não se sentirem seguras. Isso é compreensível, mas com o avanço da vacinação, está mais do que na hora de retomar o rastreamento para evitar casos avançados e é primordial que a rotina de tratamento seja acelerada. Quanto antes retomar, melhor”, alerta o mastologista.

 Fatores de risco - Diversos estudos revelam que cigarro, obesidade e sedentarismo aumentam os riscos para câncer de mama. “Precisamosbuscar um estilo de vida saudável o quanto antes.Isso envolve exercícios, alimentação saudável, não fumar e a consciência da saúde preventiva como um todo”, afirma o médico.

 Estimativa - O Câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, no mundo todo, depois do câncer de pele não melanoma. São 2,2 milhões de casos novos por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).Dados do INCA mostram que, em 2021, 66.280 mulheres devem desenvolver câncer de mama no Brasil. A Região Norte deve registrar 1.970 casos novos até o final do ano, sendo 780 novos casos no Pará e 320 em Belém.

 Prevenção

 Medidas de Prevenção primária – aquela que pode ajudar a evitar a doença. 

          Atividade física regular

          Alimentação saudável

          Controle do peso

          Não fumar

          Evitar o consumo de bebidas alcoólicas

          Amamentar

 Prevenção secundária – O rastreamento é a melhor estratégia de prevenção secundária do câncer de mama. Como nem sempre é possível evitar a doença com medidas de prevenção primária, utiliza-se a mamografia e a consulta com o especialista, anuais, como forma eficaz de detecção precoce.