Detentos realizam serviços de
pintura - Foto: Anderson Silva/Ascom-Susipe
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Um grupo de detentos custodiados
pela Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) participa do processo
de revitalização do Museu Paraense Emílio Goeldi. A iniciativa de utilizar a
mão de obra carcerária surgiu a partir da parceria entre o governo do Estado -
por meio da Secretaria Extraordinária de Políticas de Integração (Seeips),
Susipe e Fundação Pro Paz - e o projeto ProGoeldi, que prevê investimentos para
a instituição em comemoração aos 150 anos do MPEG, por meio do Instituto
Peabiru. Desde a semana passada, eles vêm trabalhando na limpeza dos muros e na
próxima semana passarão à fase de pintura.
Pela iniciativa, detentos do
regime semiaberto serão capacitados e certificados pela empresa de tintas
Coral, uma das principais parceiras no projeto, a fazer reparos e a pintura de
mais de um quilômetro de muro que circunda o parque ambiental, além da pintura
de prédios de visitação e da área administrativa do museu. Pelo trabalho, os
internos receberão o valor correspondente a 3/4 de um salário mínimo (como
determina a Lei de Execuções Penais), auxílio-transporte financiado pelo Pro Paz e também auxílio-alimentação, este último contrapartida da Susipe. Além
disto, com a participação nessas atividades eles recebem benefícios como
redução de pena.
Ao todo, 10 presos dos regime
semiaberto, domiciliar e de monitoramento eletrônico participam do projeto. O
convênio é de seis meses. A Coral irá capacitar os detentos, que serão
qualificados e ao final do projeto receberão certificados como pintores. A cada
três dias trabalhados, os detentos tem um dia da pena reduzido.