Comércio de artigos para o Dia da Criança na região da Saara (Fernando Frazão/Agência Brasil)
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Dos trabalhadores que recebem 13º
salário, 52,9% pretende gastar pelo menos parte do salário com compras de
Natal, segundo pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em todas as
capitais do país. Desse total, 60% é do sexo masculino. Entre os entrevistados
que recebem 13º salário, 42,1% vão usá-lo em parte para compras de Natal; 27%,
não vão usá-lo na data com compras e presentes; 7,5%, vão gastar tudo em
presentes e comemorações; 3,3%, vão gastar tudo em compras, e 20,1% não sabem o
que farão. O levantamento mostrou ainda que 41% dos entrevistados farão bicos
para aumentar a renda e comprar mais presentes ou presentes melhores no Natal.
Dos 27% que não vão gastar o 13º
com compras ou presentes, 26,6% pretendem economizar. Este índice caiu em 2015
(31,2%) e 2014 (46%). O número de pessoas que quer usar o dinheiro para pagar
dívidas aumentou nos últimos três anos: 21% em 2014, 24,3% em 2015 e 26,4% em
2016 e quem quer pagar impostos ou tributos se manteve estável em 10% em 2014 e
2015 e subiu para 11,4% neste ano. Quem pretende viajar caiu nos últimos
três anos: 14% em 2014, 11,1% em 2015 e 8,2% em 2016. O número de pessoas que
quer quitar dívidas para fazer novas compras aumentou: 3% em 2014, 5,1% em 2015
e 7,8 em 2016. Os indecisos ficaram em 5% em 2014, 15,6% em 2015 e 17,7% em
2016.
“Qual é a prioridade? Essa é a
pergunta que a pessoa deve fazer. Quitar contas em atraso, por exemplo, deve
vir antes de qualquer desejo de compra. E mesmo aqueles que estão com as
despesas
em dia, precisam refletir sobre o
melhor uso deste dinheiro extra. Poupar ou aplicar parte dos recursos, por
exemplo, são hábitos que fazem muita diferença, seja para realizar sonhos ou
para uma aposentadoria mais sustentável”, disse o educador financeiro do SPC
Brasil, José Vignoli.
Situação financeira
A pesquisa também mostra que 36%
dos entrevistados acredita que a própria situação financeira piorou em relação
a 2015. Segundo o levantamento, 34,3% avaliam que a sua situação financeira
melhorou e 29,5%, que a situação continua a mesma.
Entre aqueles que responderam que
a sua situação financeira piorou, 16,5% indicaram que isso ocorreu em virtude
da diminuição da própria renda e 9,8%, em razão da perda do emprego. Entre os
que acham que melhorou, 25% creditaram a opinião em razão de um aumento de
renda, e 9,3%, em virtude de se sentirem mais seguros no emprego.
A sensação de que as próprias
finanças pioraram é maior nas classes C, D e E: 38,3% dos entrevistados dessas
classes responderam que a situação piorou. Nas classes A e B, a proporção foi
29%. A sensação de que as finanças melhoraram foi maior nas classes A e B
(36,8%). Nas classes C, D e E, a proporção foi 33,4%. A percepção de que a
situação não mudou de 2015 para 2016 foi 34% nas classes A e B, e de 28% nas
classes C, D e E.
De acordo com o levantamento, 81%
dos entrevistados estão otimistas com relação às finanças para 2017 e 17% estão pessimistas. Entre os otimistas, 53,4%
acreditam que a economia vai melhorar e 7,8% creem que a situação econômica
deverá ser pior em 2017 do que era em 2016.