A Polícia Civil divulgou, nesta
quinta-feira, 15, os resultados da operação "Suruanã", deflagrada em
Soure, na Ilha do Marajó, com objetivo de coibir a caça e pesca predatória na
região e o furto de gado na contra costa marajoara. Ao todo, mais de 50 quilômetros
de praias foram fiscalizadas, em quatro dias de operação, resultando na
apreensão de sete armas de fogo, dentre as quais, seis espingardas e um file
calibre 22, e diversas redes de pesca, além de mais de meia tonelada de carne
de capivara salgada apreendida e queimada no local.
Apesar dos locais serem de
difícil acesso, explica o delegado Luciano Cunha, titular da Superintendência
da Região do Marajó Oriental, os 4 dias de fiscalização foram proveitosos.
"A área da reserva só pode ser explorada pela população de Soure, mas o
que acontece é que essa população é a que menos se beneficia das suas riquezas
naturais. Então, a intenção é evitar que pescadores vindos de regiões, como São
Caetano de Odivelas, Vigia e Curuçá, pratiquem a caça e pesca irregulares",
completou.
O delegado explicou ainda que o
gado furtado na região estava sendo levado para as cidades de Abaetetuba,
nordeste paraense, e Macapá, capital do Amapá. "Pela impossibilidade de se
lavrar o flagrante foram abertos diversos inquéritos por portaria e aplicadas
diversas multas pelos órgãos competentes", ressalta. A operação contou com
apoio de diversos órgãos Estaduais e Federais, como Ibama, Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e Batalhão de Polícia Ambiental
da Polícia Militar de Belém.