Com a melhoria das condições dos
reservatórios do país devido às chuvas que vem ocorrendo desde o inicio de
2017, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que em fevereiro
será mantida a bandeira tarifária verde, ou seja, sem cobrança extra dos
consumidores. Em nota, a Aneel informou que “a condição hidrológica favorável”,
que consta do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema
(ONS), possibilitou o acionamento de térmicas com custo operacional reduzido,
chamadas de Custo Variável Unitário (CVU), abaixo de R$ 211,28 por
megawatt-hora (R$/MWh).
A cor da bandeira em vigor no mês da
cobrança é impressa na conta de luz e indica o custo da energia elétrica, em
função das condições de geração de eletricidade. Por exemplo, quando chove
menos, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar
mais termelétricas para garantir o suprimento de energia.
De janeiro de 2015, quando o sistema foi
implementado, até fevereiro de 2016, a bandeira tarifária se manteve vermelha,
primeiramente com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh)
consumidos e, depois, com a bandeira vermelha patamar 1, que significa
acréscimo de R$ 3,00 a cada 100 kWh.
Em março de 2016, a bandeira passou para
amarela, com custo extra de R$ 1,50 a cada 100 kWh. De abril a outubro ficou
verde, sem cobrança extra. Em novembro passado, a bandeira passou para a cor
amarela novamente e, em dezembro, passou para verde.
O sistema de bandeiras tarifárias foi
criado como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de
usinas termelétricas, que é mais cara do que a energia de hidrelétricas.