A Secretaria do Estado de Justiça
e Direitos Humanos (Sejudh), através da Coordenadoria de Enfrentamento ao
Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo, realizou reunião de apresentação do
projeto “Protegendo sonhos - Ação educativa e preventiva para o Enfrentamento
ao Tráfico de Pessoas e Erradicação ao Trabalho Escravo no esporte paraense”,
que será implantando em 2017.
De acordo com a coordenadora de
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo da Sejudh, Leila Silva,
o projeto surge da necessidade de proteger jovens e adolescentes da esfera
esportiva contra crimes que violem os direitos humanos. “Nós temos tido ocorrências
desde 2011, onde jovens foram aliciados para jogar em grandes times de futebol
do sudeste do país. Porém, isso não ocorreu, e eles passaram por inúmeras
violações dos seus direitos. Nós, como coordenação responsável por implantar
políticas que visam proteger as pessoas contra esse tipo de violência, temos o
dever de lutar contra este problema”, afirma.
A ideia é disseminar ações
educativas a comunidade esportiva paraense, clubes, famílias e alunos sobre os
riscos do tráfico de pessoas e trabalho escravo nesse âmbito. Além disso,
propor ações preventivas que podem ser desenvolvidas pelos clubes de futebol
paraenses, com o intuito de articular o esporte à educação e também à
responsabilidade social. Na reunião, diversos órgãos parceiros contribuíram
para o andamento do projeto: Secretaria Extraordinária de Integração de
Políticas Sociais (Seeips); Secretaria de Comunicação (Secom), Fundação Pro
Paz, Polícia Civil e Polícia Militar.
Segundo Izabela Jatene, titular
da Seeips, o “Protegendo Sonhos” é essencial para enfrentar o tráfico de
pessoas no esporte, e deve ser articulado com os municípios do Estado. “É
necessário que haja uma participação social grande, com o maior número de
pessoas possível, para assim atingirmos os municípios do interior do Estado. Estou
muito feliz que a Sejudh esteja colocando esse projeto em prática, onde, no
momento, o nosso plano de ação será para o futebol. Mas sabemos que esse
problema tem inúmeras faces que também merecem ser combatidas”, ressalta.
Para o secretário estadual de
Direitos Humanos, Michel Durans, a reunião conseguiu atingir o seu objetivo de
ouvir contribuições para que o projeto seja implantado da melhor maneira
possível. “A reunião foi essencial para montarmos o nosso planejamento para
esse ano de 2017. Todos deram ótimas contribuições, e queremos agir assim que
começar o calendário do futebol paraense. Nós, da Sejudh, queremos que o
esporte mude a realidade de vários jovens e adolescentes do Estado e, para
isso, iremos lutar para que esse sonho não se torne um pesadelo”, ressaltou.