Empresários de micro e pequeno
porte consideram a terceirização como uma possibilidade de ampliar seus
horizontes de clientes e serviços e, consequentemente, aumentarem o
faturamento. De acordo com pesquisa do Sebrae, 41% dos empreendedores deverão
fornecer serviços terceirizados para médias e grandes empresas, caso o
Congresso Nacional ou o Supremo Tribunal Federal (STF) regulamentem essa
modalidade de trabalho.
Atualmente, no Brasil, há uma
carência de definições quanto a essa forma de contratação de serviços. O
presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, é defensor do modelo e acredita
que a contratação de empresas terceirizadas é uma das saídas para a crise. “A
terceirização é um fator de geração de emprego. É uma oportunidade para o
surgimento de muitas atividades para novos empreendedores que hoje são
trabalhadores. O operário vira empresário”, enfatiza.
A pesquisa do Sebrae apontou que
entre os pequenos negócios que veem oportunidades em oferecer serviços para as
médias e grandes empresas estão os de reparação de veículos e de equipamentos,
de promoção de eventos, os de serviços de transporte e hospedagem e os ligados
à construção civil. As atividades ligadas à educação também são vistas como
promissoras para oferecer serviços terceirizados.
Apesar da terceirização ser uma
possibilidade para aumentar o faturamento das empresas, menos da metade dos
empreendedores pensam em terceirizar a sua própria mão de obra. O levantamento
constatou que duas em cada três micro e pequenas empresas com empregados não
têm interesse em terceirizar parte das suas atividades-fim.
“Esse resultado reforça mais
ainda a minha tese: a regulamentação da terceirização não deve ser confundida
com a precarização da força de trabalho. Precarização é a falta de trabalho”,
conclui o presidente do Sebrae.