Desburocratizar a concessão do
crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Essa é uma das
metas da Rota do FNO, que será realizada em Belém, nesta quinta-feira, dia 27
de abril, às 15h30, na sede do Banco da Amazônia, promotora desta ação e que
opera com exclusividade essa fonte de recursos. O FNO é um fonte de recursos do
Governo Federal para empreendedores de diversos portes da Região Norte. Quem
participar do evento, vai poder saber como ter acesso às linhas disponíveis
desse fundo. De acordo com o presidente do Banco, Marivaldo Melo, a Rota do FNO
vai ser realizada em nove municípios paraenses como Castanhal, Marabá, Carajás,
Santarém, Itaituba, Paragominas, Redenção e Tailândia, no Pará. “Na Região
Norte, vamos percorrer várias localidades dos estados de Rondônia, Tocantins,
Amazonas e Acre”, informou.
“Mas o Banco vai atender todos os
municípios da Região Norte por meio de representantes nesses polos. Vamos
receber planos de negócios simplificados de financiamento, oriundos de qualquer
cidade, que receberão um selo da Rota do FNO e terão um atendimento
diferenciado”, explica o presidente.
Segundo o diretor Comercial e de
Distribuição, Luiz Cláudio Sampaio, a Instituição promoverá uma força tarefa
para aprovar as propostas recebidas durante a Rota do FNO, cujo encerramento
ocorrerá no final do mês de junho. “Nossa intenção é desburocratizar a
concessão do crédito e aplicar os mais de R$ 4,4 bilhões disponíveis por meio
do FNO”, acrescentou.
“Nosso intuito é mostrar nossas
linhas para empresários, produtores rurais e diversos outros segmentos para
fomentar propostas voltadas para custeio, capital de giro, máquinas e
equipamentos”, informou o diretor comercial Luiz Cláudio Sampaio.
Durante o evento, haverá também a
divulgação da oportunidade de renegociação de dívidas, por meio da Lei 13.340
,que oferece descontos de até 85%, carência até 2020, juros de 0,5% a 3,5% e
bônus de adimplência. “Só no Pará, são mais de 115 mil operações passíveis de
renegociação ou liquidação. Nós estamos pedindo que os produtores rurais,
principalmente agricultores familiares, venham acessar o benefício, pois a lei
permite o alongamento da dívida, incluindo carência até 2020, facilitando o
pagamento dos financiamentos”, ressaltou o presidente Marivaldo Melo.
Os bônus aplicados aos contratos,
em caso de repactuação, variam de 5% a 85%, porém dependem dos valores
contratados e obedecem a uma escala que vai de R$ 15 mil a R$ 500 mil.
A programação da Rota do FNO
inclui a realização de palestras sobre produtos e as linhas de crédito
oferecidas pelo Banco da Amazônia, sobre a oportunidade de renegociação de
dívidas e assinaturas de contratos de financiamentos. O evento é destinado a
interessados em obter crédito com recursos do FNO, associações de classes,
sindicatos de classe, produtores rurais. O público presente em cada evento nos
locais polos participará de palestras sobre o acesso às condições do FNO,
linhas de crédito com prazos, limites e encargos financeiros diferenciados.
Recursos
No começo deste mês de abril, o
Banco da Amazônia assinou protocolo de intenções com o Governo do Pará para
aplicação de mais de R$ 2 bilhões para impulsionar negócios sustentáveis no estado.
Os recursos que deverão ser aplicados no Pará em 2017 são oriundos do fomento e
da carteira comercial e serão R$ 1,426 bilhão do FNO e R$ 629,86 milhões, do
crédito comercial. Cerca de R$ 206 milhões serão destinados à linha FNO-Pronaf;
R$ 950 milhões são para a linha FNO-Amazônia Sustentável; R$ 15 milhões para a
linha FNO-Biodiversidade; R$ 180 milhões para o FNO-MPEI e R$ 73 milhões para a
linha FNO-ABC.
Em 2016, a Instituição liberou R$
800 milhões em recursos para o Pará. Esse recurso chegou a 134 municípios
paraenses. “Destes, 94% foram através de créditos e, o melhor, de 10 mil
operações contratadas no ano passado, 3.700 foram disponibilizadas para
municípios de baixa renda”, informou o presidente do Banco da Amazônia.
Para a Amazônia Legal, em 2017, o
Banco vai disponibilizar o valor de R$ 7,9 bilhões de recursos. Desse total, R$
4,6 bilhões são originários do FNO. Os demais são do Fundo de Desenvolvimento
da Amazônia (FDA) e do Orçamento Geral da União (OGU). O restante, R$ 2,9
bilhões, pertence à carteira de crédito comercial da Instituição.
Nos últimos cinco anos, a
instituição aplicou o equivalente a R$ 23,5 bilhões na Amazônia Legal,
considerando todas as fontes de recursos da Instituição. Esses investimentos
incentivam projetos de créditos de vários setores e tamanhos, desde a
agricultura familiar a grandes iniciativas de infraestrutura regional.
Sobre o FNO
O Fundo Constitucional de
Financiamento do Norte (FNO) é um fundo de crédito criado pela Constituição
Federal de 1988. É a principal fonte de recursos financeiros estáveis para o
crédito de fomento da Região Norte e um dos principais instrumentos
econômico-financeiros de execução da Política Nacional de Desenvolvimento
Regional (PNDR). As empresas e os produtores
rurais que desejarem iniciar, ampliar ou modernizar atividades produtivas, na
Região, podem contar com o apoio do FNO para financiar seus empreendimentos com
prazo de pagamento diferenciado e baixas taxas de juros.
Segundo dados do Banco Central, o Banco da Amazônia responde por 64% do crédito de fomento no Norte do país. Em 2016, somente com recursos do Fundo Constitucional de Financimaneto do Norte (FNO), a instituição disponibilizou para a Região Norte R$ 3,38 bilhões, contratando R$ 2,33 bilhões (69%), sendo R$ 692 milhões para Rondônia, R$ 642,9 milhões ao Pará, R$ 563,5 milhões ao Tocantins, R$ 170,8 milhões para o Acre, R$ 162,4 milhões ao Amazonas, R$ 70,6 milhões para Roraima e R$ 31,6 milhões para o Amapá.