Neste sábado, dia 8, é comemorado o Dia Mundial da Astronomia - embora no Brasil também celebre a ciência no dia 2 de dezembro, data
de nascimento de D. Pedro II, considerado, no século passado, um dos maiores
entusiastas da ciência no país. Além de
nos apresentar a novas galáxias e buracos negros, a astronomia tem papel
fundamental no desenvolvimento de novas tecnologias usadas no nosso cotidiano.
Foi a partir dela que surgiram não só o Google Earth, mas também as
transmissões de sinal de internet e televisão via satélite, os carros e
celulares com GPS e materiais mais resistentes usados em próteses humanas, por
exemplo.
“O assunto astronomia sempre
ganha destaque quando catástrofes são iminentes. De fato, existe um
monitoramento de corpos celestes com potenciais destrutivos e alguns
cientistas, inclusive, propõem soluções para esses casos. Como a astronomia
trabalha sempre nos limites da engenharia, da física e da computação, ela
também proporciona descobertas tecnológicas que impactam diretamente a nossa
sociedade” conta Gérson Julião, cientista que, junto de Wilson Namen e Daniel
Ângelo, forma o grupo Ciência em Show.
Foi graças a observação dos
objetos celestes que a humanidade conseguiu entender e melhorar a qualidade de
vida na Terra. “Podemos listar inúmeras contribuições da astronomia para o
desenvolvimento da humanidade. Os calendários, por exemplo, nos ajudaram a
organizar os dias, meses e anos; as observações da Lua explicam o comportamento
das marés e sem contar que permitiu precisão de localização às grandes
navegações” afirma Wilson Namen.
Hoje, grande parte das novas
tecnologias e produtos que transformam o nosso cotidiano advém de agências
espaciais. É possível citar os painéis que captam energia solar e o implante
coclear, dispositivo conhecido como ouvido biônico e que ajuda a recuperar
parte da audição. Além disso, foi a partir da necessidade de alimentação no
espaço, pelos astronautas, que foi desenvolvida a liofilização, processo de
conservação de alimentos por meio de desidratação muito usado pela indústria.
Novo Mundo
A medida que a tecnologia avança,
novas situações fazem mudar os rumos das pesquisas e novos desafios aparecem.
“Iniciativas procuraram “novos lugares para morarmos” mas, apesar de existirem
planetas onde isso é possível, ainda é difícil realizar uma viagem espacial
para habitá-los.
No entanto, já “habitamos” a estação espacial internacional,
que orbita a 400 km de nosso planeta. Isso pode ser considerado o primeiro
estágio para outros grandes projetos” diz Daniel Ângelo.
Sobre o Ciência em Show
(www.cienciaemshow.com.br) – Liderada pelos cientistas Wilson Namen, Gerson
Julião e Daniel Ângelo, todos físicos formados pela USP, o Ciência em Show
existe desde o ano 2000. De uma maneira descontraída, descomplicada e
significativa, os cientistas fazem espetáculos científicos para os mais
variados públicos, fato que já os levou a ter séries em canais abertos e
fechados de televisão, como BBC e Net Geo, entre outros. O Ciência em Show
também trabalha na produção de conteúdo para empresas educacionais, por meio de
vídeo-aulas e publicações com experiências práticas, além de produzir
brinquedos maker.