Um estudo publicado pela
Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, constatou que 20% dos
jovens americanos – com idades entre 24 e 32 anos – têm hipertensão. Metade
dessa população sequer sabe que sofre do problema. E engana-se quem pensa que
os dados são uma realidade estadunidense: o número alarmante revela tendências
similares também em outros países.
No Brasil, segundo números do
Ministério da Saúde, pelo menos 17 milhões de brasileiros têm um fator em
comum: sofrem de hipertensão. E esse número deve aumentar bastante nos próximos
oito anos. Até 2025, o número de pessoas com pressão alta em países em
desenvolvimento deverá crescer 80%, de acordo com pesquisa da Escola de
Economia de Londres, do Instituto Karolinska (Suécia) e da Universidade do
Estado de Nova York.
Há um consenso entre os médicos
de que os novos hábitos de vida, sedentarismo, o excesso de obrigações e,
consequentemente, o stress, têm parcela considerável de culpa na elevação
desses índices. “As pessoas estão se alimentando cada vez pior. O acesso mais
fácil a refeições rápidas ou os chamados fast food, e a alimentos altamente
industrializados inseriram na dieta das pessoas quantidades abusivas de sal sem
que elas percebessem”, esclarece o cardiologista e diretor de Relacionamento
com o Mercado do Sabin, Anderson Rodrigues.
A Organização Mundial da Saúde
(OMS) recomenda que uma pessoa adulta deva ingerir menos de 5g de sódio
diariamente. A grande preocupação atual é: brasileiros ingerem mais que o dobro
disso, ou seja, 12g de sódio por dia. Se as pessoas consumissem menos sal no
dia a dia, o Ministério da Saúde estima que pelo menos 1,5 milhão de
brasileiros não precisariam controlar a pressão alta com medicamentos.
A hipertensão é detectada de
forma simples, basta fazer medição com um aparelho de aferir pressão. Pelo fato
de ser uma doença silenciosa, as pessoas costumam não procurar um médico para
fazer o acompanhamento rotineiro, mas somente quando estão com algum sintoma. A
doença é diagnosticada quando a pressão arterial está acima de 14 por 9 e é
considerada grave se passar de 18 por 11.
Existem exames laboratoriais de
rotina que podem ser utilizados para avaliar ainda melhor os hipertensos, como:
análise de urina, potássio plasmático, creatinina plasmática, glicemia de
jejum, perfil lipídico e ácido úrico.