Sintomas de Parkinson não se limitam a tremores




Nesta terça-feira, 11, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, estabelecido pela Organização Mundial de Saúde, em 1998, com o objetivo de esclarecer a doença e as possibilidades de tratamento para que o paciente e sua família tenham uma melhor qualidade de vida. O quadro foi identificado pela primeira vez, em 1817, por James Parkinson, que descreveu os principais sintomas da doença publicados no Ensaio sobre a Paralisia Agitante.

“Pessoas com Parkinson estão sujeitas a desenvolver sintomas depressivos, distúrbios do sono, problemas de fala e respiração, transtornos de deglutição e até alterações no olfato.A doença ocorre quando certos neurônios morrem ou perdem a capacidade de atuar no controle dos movimentos do corpo”, segundo o neurologista Dr. Daniel Tomedi.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o Parkinson atinge entre 1% e 2% da população mundial com idade acima de 65 anos. No Brasil, o índice é de 3,3% das pessoas acima de 70 anos. Já no Pará, segundo recente nota técnica da Coordenação Estadual de Saúde, a doença atinge cerca de 5200 idosos.

Nesse contexto, é importante reforçar o aviso da comunidade médica: nem todo tremor deve ser encarado como Parkinson e nem todo paciente com a enfermidade tem esse sintoma. “Para o diagnóstico da doença, o mais importante é avaliar se a pessoa apresenta lentidão dos movimentos, o que chamamos de acinesia”, explica o neurologista.

Embora seja uma doença incurável e sem causas totalmente conhecidas, é passível de controle. Os pacientes contam com tratamento medicamentoso e cirúrgico, mas que tende a ser pouco eficaz em quem é sedentário. O neurologista explica o motivo: “É proibido as pessoas com Parkinson ficarem paradas porque o objetivo da doença é paralisá-las”. Então, atividade física é ouro de lei – ou seja, deve ser absorvida como uma terapêutica de valor inestimável.

O MAL DE PARKINSON:

O mal de Parkinson, em sua fase mais avançada, leva os pacientes à incapacidade para as funções da vida diária. Eles precisam de acompanhamento frequente, pois apresentam dificuldades de caminhar, equilibrar, engolir, escrever e até falar. O diagnóstico da doença é inteiramente clínico e para fazê-lo, o médico se orienta pelos sinais e pelos sintomas neurológicos que o paciente apresenta. 

Embora a doença não seja hereditária, fatores genéticos influenciam sua ocorrência e manifestação clínica. Apesar dos avanços científicos, ainda continua incurável e de caráter progressiva. Não obstante, muitos avanços recentes ajudaram a elucidar as múltiplas causas da perda neuronal responsável pela doença, e em virtude dos avanços médicos atuais, a sobrevida dos pacientes acometidos vêm aumentando consideravelmente. Neste aspecto, o fim último das terapias disponíveis é o de propiciar uma melhora da qualidade de vida dos pacientes.

Além da terapia medicamentosa e dos benefícios comprovados da cirurgia de estimulação cerebral, pesquisas experimentais em animais envolvendo transplante de células-tronco vêm trazendo novas esperanças no tratamento do mal de Parkinson.

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