Poluição sonora é a principal ocorrência registrada pelo Ciop no primeiro semestre



Centro Integrado de Operações (Ciop) - Foto Agência Pará

  
O Centro Integrado de Operações (Ciop), órgão que integra as seis instituições que compõem o Sistema de Segurança Pública do Estado, divulga o balanço das ocorrências relativas ao primeiro semestre de 2017, registradas pelo call center 190 e pelo videomonitoramento, serviços prestados na Região Metropolitana de Belém (RMB). A poluição sonora foi a principal ocorrência registrada, com 31.724 ligações, ou 26,94% do total de chamadas.

De janeiro a junho de 2017, o Ciop registrou 1.220.567 chamadas para o Call Center 190, sendo que 1.043.873 foram chamadas atendidas (85,52%) e 176.694 foram chamadas abandonadas (14,48%). Em resumo, os números registraram uma média de aproximadamente 1,2 milhão de chamadas para o call center 190 no primeiro semestre de 2017, isto é, uma média de cerca de 200 mil ligações recebidas por mês.

O diretor do Centro, coronel PM Heyder Calderaro Martins, analisa os principais índices. "Entre as chamadas atendidas, percebemos que aproximadamente 25% das ligações são falsas, o que equivale a uma média de 43 mil trotes por mês, por isso, agradecemos à população e aos meios de comunicação que nos ajudam com campanhas sobre o contato real para o 190, e ainda pedimos que os pais e responsáveis continuem nos ajudando explicando para as crianças e jovens para não ligarem indevidamente para o número 190”, reflete o gestor.

Ainda, segundo o diretor, além das comunicações falsas, também há muitas chamadas por engano e de pedidos de informações, totalizando aproximadamente 15%. No entanto, o índice de ligações falsas tem decrescido, pois em 2016, nesse mesmo período, registrou-se aproximadamente 417 mil trotes para o call center 190, o que representou 33% de ligações falsas. “Nos últimos anos, os números de ligações falsas têm refletido na grande imprensa e em campanhas de conscientização, o que demonstra uma diminuição do índice, porém a nossa meta é a redução desse número".

Nos últimos três anos, foram registrados os seguintes números em relação aos trotes: em 2014, 42% das chamadas; em 2015, 35% e em 2016, 33%. "A nossa expectativa é finalizarmos o ano de 2017 com um número menor e os dados do balanço desse primeiro semestre já nos adianta isso”, destaca o diretor.

O Ciop funciona 24 horas por dia, com o serviço de militares estaduais e colaboradores civis, que trabalham em escalas e turnos de seis horas por dia, em ambiente de acesso restrito. A missão desse Centro é mediar a comunicação entre o cidadão e os órgãos de segurança pública do Pará (Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Detran, Superintendência do Sistema Penitenciário e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves), possibilitando o registro de ocorrências de urgência e emergência na área de segurança, permitindo o despacho de guarnições com o objetivo de promover um atendimento ágil e estratégico.

Com o passar dos anos, o Ciop foi se aprimorando e passou a realizar também, a partir de 2005, o serviço de monitoramento por câmeras de segurança em vias públicas, o chamado: videomonitoramento. O ciclo de funcionamento do Centro inicia quando o cidadão aciona o Ciop através do contato telefônico via 190 ou quando o operador de câmeras eletrônicas registra algum flagrante e/ou atitude suspeita visualizada no videomonitoramento, que reúne 131 câmeras de segurança na RMB.

Confira, a seguir, o ranking das 10 principais ocorrências registradas no call center 190, na RMB.

Poluição sonora/Perturbação do sossego alheio: 31.724 (26,94%)
Atitude suspeita: 11.868 (10,08%)
Roubo: 9.504 (8,07%)
Ameaça: 6.859 (5,82%)
Ocorrências com veículo: 6.822 (5,80%)
Lesão corporal: 6.680 (5,70%)
Briga: 5.631 (4,80%)
Drogas ilícitas: 4.180 (3,55%)
Levantamento em local de trânsito: 3.569 (3,03%)
Ocorrências com animais: 3.210 (2,72%)

Veja o ranking das cinco principais ocorrências flagradas pelos videomonitoradores, de janeiro a junho de 2017:

1) Atitude suspeita: 26,50%
2) Acidente de trânsito: 20,48%
3) Drogas: 14,46%
4) Manifestação: 8,43%

5) Lesão corporal: 7,23%.

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