A avenida João Paulo II começa a ser
integrada ao seu prolongamento e, para isso, a partir de 1º de setembro, haverá
interdição do trecho compreendido entre a passagem Coração de Jesus e rua
Mariano. Com isso, esse trecho será interditado até dezembro, quando a nova
avenida será concluída e entregue à população. A alteração é necessária para
que a avenida João Paulo II seja “conectada” ao seu prolongamento, que irá da
passagem Mariano até a BR-316, totalizando 4,7 quilômetros. A nova João Paulo
II é uma obra de mobilidade urbana e preservação do Parque Ambiental do Utinga,
do Governo do Estado do Pará, que é executada pelo Núcleo de Gerenciamento de
Transporte Metropolitano (NGTM).
Com a interdição, o tráfego no sentido
São Brás – Entroncamento será completamente redirecionado pela passagem Coração
de Jesus. E o acesso da rua Mariano com a Av. João Paulo será bloqueado. Apenas
pedestres e ciclistas poderão transitar na lateral das obras, pela calçada que
será mantida no sentido Entroncamento – São Brás, ao lado do IFPA. Isto
facilitará o acesso ao ponto da linha de ônibus Av. João Paulo II / Ver-o-Peso,
que será instalado no início da interdição próximo à passagem Coração de Jesus.
Já os motoristas precisarão utilizar as
vias alternativas para trafegarem neste trecho do bairro Castanheira, que são:
BR 316, Complexo de Elevados do Entroncamento e Av. Pedro Álvares Cabral.
O diretor de obras do NGTM, Jaime
Marques, ressalta que a interdição do referido trecho se dará para veículos em
geral e motocicletas. “Assim, pedestres e ciclistas continuam com acesso ao
trecho. Para isso, haverá uma calçada temporária e adequada para a mobilidade
das pessoas que necessitarem passar pelo local. Ademais, pessoas com automóveis
e motos que residem no entorno e, trafegam no sentido Belém – Ananindeua
precisam seguir pela passagem Coração de Jesus e, as que seguem no sentido
Ananindeua – Belém acessam pela rua da Di Casa”, informa o engenheiro.
A diretora executiva do NGTM, Marilena
Mácola, explica que a princípio essa interdição seria parcial, porém, no
decorrer dos trabalhos foi identificada uma drenagem, até então desconhecida,
que sai da BR 316 e atravessa este trecho da obra. “Daí a necessidade de
interdição total do referido trecho. Contudo, essa é uma medida temporária e
dentro de quatro meses abriremos o trecho e entregaremos essa nova via que
trará inúmeros benefícios para a comunidade”, ressalta. A diretora informa
ainda que haverá profissionais da construtora Camargo Correa em pontos chave do
trajeto orientando a população, assim como placas de sinalização por toda a
área afetada pela interdição, além da parceria com a Semob.
Mobilidade - A nova via possuirá
acostamentos, ciclovias e calçadas, respeitando os preceitos legais de
acessibilidade. Também contará com drenagem, iluminação pública e monitoramento
de segurança. Sete passarelas para pedestres serão implantadas ao longo da via,
às proximidades dos seis pares de pontos de ônibus urbanos.
A nova avenida será uma via
metropolitana de duas pistas para tráfego geral, cada uma com 10,50 metros de
largura, divididas em três faixas de tráfego com 3,50 metros cada. Na maior
parte de seu comprimento, a avenida terá 2,50 metros de acostamento, 2,50
metros para ciclovia bidirecional, 2 metros de calçada do lado esquerdo e 1,20m
do lado direito, no sentido Passagem Mariano/ BR-316, separada por canteiro
central, que terá largura variável.
O projeto prevê duas pontes, uma (com
176m) a 60 metros da passagem Mariano, transpondo a ponta do Lago Bolonha, e a
outra (com 224m) a 30m da rua da Pedreirinha, transpondo a ponta do Lago Água
Preta. A primeira a ser montada é a que transpõe o Lago Bolonha. As pontes
possuem estrutura mista em metal e concreto.
A interligação da avenida João Paulo II
com a BR-316 se dará com a construção da quarta pétala do elevado do Coqueiro.
A conexão do prolongamento com o elevado e deste com a Rodovia Mário Covas
também permitirá o acesso direto à capital de veículos oriundos dos conjuntos
Cidade Nova e Paar, e dos bairros do Coqueiro e 40 Horas, em Ananindeua. Com
isso, o projeto busca melhorar a distribuição do tráfego geral e do transporte
público e viabilizar a implantação do BRT na Rodovia BR-316 até Marituba.
Preservação - A obra trará outra
importante contribuição para a região metropolitana de Belém, que é a
preservação ambiental, pois a nova via funcionará como uma barreira física e
sanitária para a Área de Preservação Ambiental (APA) de Belém. O projeto
contará também com um sistema de BIOFitorremediação, para captação e tratamento
de águas provenientes das seis bacias de contribuição, que hoje estão sendo
lançadas diretamente no Parque do Utinga, o que diminuirá a contaminação dos
mananciais da cidade e reduzirá o índice de doenças causadas por mosquitos,
trazendo mais saúde e qualidade de vida para a comunidade.
A concepção do projeto também prevê uma
composição paisagística, que se harmonizará com o Parque do Utinga. Deste modo,
a área da nova Avenida João Paulo II será uma das mais belas de Belém e, somada
à nova proposta do Parque Ambiental do Utinga, se tornará um ponto de
contemplação da natureza, entretenimento, esporte e lazer.
O projeto da nova João Paulo II também
possui um forte viés social, com a implantação de projetos socioambientais, já
que a obra também tem como premissa proteger a área do Parque Ambiental,
especialmente os lagos, que têm um histórico de acumulação de resíduos sólidos,
por falta de local de destino do material. Entre eles se destaca o Reciclar Faz
Bem, resultado de parceria entre o Governo do Estado, Instituto Camargo Correa
e Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Aurá (Cootpa). A ação contempla
a construção de uma central de triagem e o assessoramento na gestão do negócio,
com a capacitação e formação dos cooperados e o objetivo de aumentar a
quantidade de resíduos sólidos comercializados, ampliando os nichos de atuação
do negócio e incrementando a renda média dos beneficiários.