O viaduto do Coqueiro, que está
parcialmente interditado desde o dia 16 deste mês para a conclusão da obra do
prolongamento da Avenida João Paulo II, entra na segunda etapa, a partir desta
sexta-feira (27). Nesta segunda fase, que vai até 6 de novembro, o acesso para
os condutores que vierem de Belém em direção à Cidade Nova continuará sendo por
meio do retorno na rodovia BR-316, após a Unimed. Já o acesso de quem vem da
Cidade Nova para Marituba poderá ser feito por meio do viaduto normalmente, em
todos os horários, pois a quarta pétala implantada estará liberada para esse
movimento.
A operação foi montada pelo
Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), órgão do Estado
executor da obra; Polícia Rodoviária Federal (PRF), empresa Maia Melo, gerenciadora
da obra, e a Camargo Corrêa, construtora responsável pelo prolongamento da
avenida.
Para reduzir os
congestionamentos, os trabalhos foram divididos em duas fases. A operação foi
projetada de modo a minimizar os transtornos à população e, para isso, foi
montado um plano de mobilidade que interdita parte do viaduto e que inverte o
sentido do trânsito nos horários de pico.
Na primeira etapa, que iniciou no
dia 16, com a interdição no sentido Belém-Cidade Nova, os motoristas fazem o
retorno na rodovia BR-316 após a Unimed para acessar a rodovia Mário Covas. Já
quem vem da Cidade Nova em direção a Marituba sobe o viaduto normalmente. A
partir das 15h, o sentido do tráfego é invertido e quem vem da Cidade Nova em
direção à Marituba pega a BR- 316 em direção a Belém e faz o retorno no
semáforo localizado em frente ao Hospital Metropolitano. Quem está trafegando
no sentido Belém-Cidade Nova sobe o elevado normalmente. Essa primeira fase
será encerrada nesta quinta-feira, 26.
A partir do dia 7 de novembro o
viaduto estará totalmente liberado, o que eliminará a mão dupla até então
existente na terceira pétala para os sentidos: Cidade Nova-Marituba e
Belém-Cidade Nova. Ou seja, a nova pétala será usada por quem trafegar no
sentido Cidade Nova para Marituba.
Projeto
A nova Avenida será uma via
metropolitana de duas pistas para tráfego geral, cada uma com 10,5 metros de
largura, dividida em três faixas de tráfego com 3,5 metros cada. Na maior parte
de seu comprimento terá 2,5 metros de acostamento, 2,5 metros para ciclovia
bidirecional, dois metros de calçada do lado esquerdo e 1,2 metro do lado
direito.
A via será separada por canteiro
central, que terá largura variável. A nova via possuirá acostamentos, ciclovias
e calçadas, respeitando os preceitos legais de acessibilidade. Também contará
com drenagem, iluminação pública e monitoramento de segurança. Sete passarelas
para pedestres serão implantadas ao longo da via, às proximidades dos seis
pares de pontos de ônibus urbanos. Toda a obra terá 4,7 quilômetros.
O projeto prevê duas pontes, uma
(com 176 metros) a 60 metros da Passagem Mariano, transpondo a ponta do Lago
Bolonha, e a outra (com 224 metros) a 30 metros da Rua da Pedreirinha,
transpondo a ponta do Lago Água Preta. As pontes têm estrutura mista, em metal
e concreto.
A área da nova Avenida João Paulo
II será uma das mais belas de Belém e, somada à nova proposta do Parque
Ambiental do Utinga, se tornará um ponto de contemplação da natureza,
entretenimento, esporte e lazer.
A interligação da Avenida João
Paulo II com a BR-316 se dará com a construção da quarta pétala do viaduto do
Coqueiro. A conexão do prolongamento com o elevado do Coqueiro e, deste com a
Rodovia Mário Covas, também permitirá o acesso direto à capital de veículos
procedentes dos conjuntos Cidade Nova, Paar, bairros do Coqueiro e 40 Horas, em
Ananindeua. Com isso, o projeto busca melhorar a distribuição do tráfego geral
e do transporte público, e viabilizar a implantação do BRT na rodovia BR-316
até Marituba.
A diretora executiva do NGTM,
Marilena Mácola, explica que outras medidas auxiliares foram tomadas para que
os transtornos, com a interdição parcial do viaduto, fossem minimizados. Como
manobras de veículos de grande porte poderiam comprometer o fluxo do trânsito
nos retornos da BR-316, o NGTM solicitou aos Sindicatos das Empresas
Transportadoras de cargas e dos Transportadores Autônomos de cargas, para que
seus associados evitem soltar os veículos de cargas nos horários de 6h às 9h e
das 17h às 20h. “E os sindicatos foram sensíveis ao nosso pedido e nos
atenderam de prontidão”, informa.
Assim, em casos urgentes, nestes
horários, os veículos devem ser desviados pela Avenida Independência, que por
sua vez tiveram os retornos próximos ao cruzamento com a Avenida Mário Covas
fechados para dar fluidez à Avenida Independência, a qual possui retornos
distantes 500 metros dos interditados, nos dois sentidos. Para auxiliar os
motoristas de cargas na Avenida Independência, a Secretaria Municipal de
Trânsito de Ananindeua está dando suporte ao NGTM.