Compromisso com pesquisa em biodiversidade é renovado até 2023




A assinatura de novo termo do BRC – Biodiversity Reserch Consortium nesta terça-feira, 31, na capital paraense renova pelos próximos cinco anos investimentos em pesquisa da biodiversidade em áreas mineradas na região amazônica. Até 2023, a Universidade Federal do Pará, Universidade Federal Rural da Amazônia, Museu Paraense Emilio Goeldi, Universidade de Oslo e Hydro continuam a parceria que vem trazendo resultados relevantes no campo do levantamento de novas espécies e em estudos de reabilitação de áreas mineradas.

A iniciativa capitaneada pela Hydro, companhia global de alumínio que opera com três empresas no Estado do Pará – Hydro Alunorte, Albras e Hydro Paragominas – trabalha com foco em ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade na Amazônia, fomentar a reabilitação de áreas com suporte cientifico, promover a integração entre o setor privado e academia e encorajar a produção cientifica em nível nacional e internacional.

De acordo com Silvio Porto, vice-presidente executivo da companhia, o investimento em conhecimento é o melhor caminho para que a empresa possa cumprir o objetivo de reabilitar as áreas mineradas retornando para a natureza um ambiente igual ou melhor do que foi encontrado antes da operação. “Tivemos cinco anos bem sucedidos de pesquisa, envolvendo mais de 100 profissionais. É um investimento a longo prazo que busca dar maior qualidade do conhecimento da nossa biodiversidade”, afirma.

Alex Fiuza de Mello, Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Pará, acredita que a parceria de grandes empresas e instituições de ensino seja o caminho benéfico para o desenvolvimento na Amazônia. “O BRC é um bom exemplo a ser seguido, pois somente o conhecimento tem o poder de gerar a inovação, geração de renda e inclusão social de forma sustentável”, acredita.



Para Nils Gunneng, embaixador da Noruega, o acordo renovado demonstra que a união entre os diferentes atores sociais envolvidos no convênio dá certo. “O momento sela mais uma vez a amizade entre os dois países”, disse.

Nilson Gabas, diretor do Museu Emilio Goeldi, acredita que os próximos cinco anos do convênio serão ainda melhores. “Estamos preparados para dar continuidade ainda com maior empenho já que agora já nos conhecemos mais, sabemos do que somos capazes”, pontua.

O acordo foi renovado após a apresentação dos resultados da primeira etapa do convênio internacional, assinado originalmente em 2013, na programação da Conferência Ethos. O evento nacional que reúne empresas dedicadas ao engajamento socioambiental, realizado pela primeira vez na capital paraense, promoveu o debate crítico sobre as iniciativas de companhias que atuam principalmente na região amazônica, tendo como exemplo o próprio BRC.


Conferência indica o diálogo social como caminho do desenvolvimento



Domingos Campos acredita que o espaço tenha sido escolhido pela Hydro para a assinatura do termo de renovação pelo alinhamento das discussões, em termos de desenvolvimento de soluções socioambientais. “O evento é uma oportunidade de promover essas inciativas que ocorrem dentro do BRC para uma comunidade mais ampla”, disse.

Como patrocinadora, a Hydro, a assinou três painéis de discussões de iniciativas praticadas no Pará. “A gente percebeu que diversas organizações compartilham dos mesmos desafios. Essa troca é importante pelo compartilhamento de experiências, e também para a formação de uma rede para que a troca se perpetue“, acredita Alessandra Fonseca, diretora de comunicação da empresa.


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